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Síria: a cronologia dos conflitos

Os problemas na Síria não são recentes. Têm mais de dois anos, tendo começado com o nascer da "Primavera Árabe", em 2011. Mas nos últimos meses os confrontos entre os rebeldes e as forças sírias têm aumentado. Recorde os principais episódios dos confrontos internos e externos na Síria.

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26 de Janeiro de 2011 

Pouco mais de um mês após o início da Primavera árabe, a Síria assiste aos primeiros protestos (ainda modestos) contra o regime de Bashar al-Assad, que está no poder desde 2000, tendo sucedido ao pai, Hafez al-Assad, que governou o país durante trinta anos.

 

18 de Março de 2011

A Síria assiste às maiores manifestações das últimas décadas. Milhares de pessoas saem à rua e exigem o fim da corrupção governamental. Os protestos são duramente reprimidos pelas forças de segurança. 

 

1 de Abril de 2011 

Através das redes sociais é convocada a "Sexta-feira dos mártires". Milhares de pessoas saem às ruas. Os protestos são, novamente, travados pelas forças de segurança e oito pessoas perdem a vida. A situação na Síria começa a chamar a atenção da comunidade internacional. O Governo sírio decide encerrar uma das fronteiras com a Turquia e proíbe a entrada de jornalistas turcos e de outras nacionalidades. Dois dias antes, Bashar al-Assad culpa "conspiradores estrangeiros" das manifestações no país.

 

3 de Agosto de 2011

As Nações Unidas condenam, pela primeira vez, o uso da violência na Síria.

 

3 de Fevereiro de 2012

A oposição síria denuncia bombardeamentos das forças leais ao Governo sobre a cidade rebelde de Homs, que provocaram a morte de, pelo menos, 260 pessoas. Seguiram-se vários ataques a civis ao longo do mês.

 

2 de Março de 2012

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, critica a "atroz e totalmente inaceitável e intolerável" situação que se vive na Síria e pede às autoridades sírias acesso imediato à "ajuda humanitária". "O Governo sírio não cumpriu com a responsabilidade de proteger a população", afirma, mostrando-se preocupado com os relatos que chegam de Homs e que falam de "execuções sumárias, detenções arbitrárias e torturas" por parte das forças de Bashar al-Assad.

 

25 de Maio de 2012

Tem lugar um dos mais graves massacres desde o início do conflito. Forças leais a Bashar al Assad bombardearam a cidade de Hula, provocando a morte de 90 civis (dos quais 25 crianças) e 500 feridos.  Um dia mais tarde, o chefe da missão de observadores das Nações Unidas, Robert Mood, confirma o massacre de Hula. "Os observadores militares e civis contaram mais de 32 crianças e 60 adultos mortos".

 

29 de Maio de 2012  

Em resposta ao massacre de Hula, França, Alemanha, Itália, Holanda, Bélgica, Bulgária, Espanha, Suíça e Japão anunciam a expulsão dos respectivos embaixadores da Síria. Sete dias mais tarde, o Governo sírio considerou "persona non grata" os embaixadores dos Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Espanha, Suíça e Turquia. 

 

6 de Junho de 2012

Os Estados Unidos admitem, pela primeira vez, o uso de força na Síria, caso as negociações entre Kofi Annan e o Governo não sejam bem sucedidas.

 

26 de Junho de 2012 

Bashar al Assad reconhece perante o seu Governo que o país enfrenta "um estado real de guerra".

 

27 de Junho de 2012

Os investigadores das Nações Unidas revelam um relatório que acusa o Governo sírio de violar os Direitos Humanos "a uma escala alarmante".

 

3 de Dezembro de 2012

O presidente dos Estados Unidos afirma que a utilização de armas químicas por parte do regime sírio terá "consequências". Tendo posteriormente definido o recurso a armas químicas como o limite.

 

21 de Agosto de 2013

O Governo liderado por Bashar al-Assad terá recorrido a armas químicas nos subúrbios de Damasco, vitimando cerca de 1.300 pessoas, entre elas mulheres e crianças. A Síria desmente.

 

27 de Agosto de 2013

A tensão adensa-se. A reacção internacional não se fez esperar. Barack Obama terá admitido uma intervenção limitada na Síria, o que acabou por ser corroborado pelo secretário de Estado da Defesa americano, Chuck Hagel, que disse que os EUA estão "preparados para avançar" para a Síria. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, interrompeu as férias dos deputados e convocou-os para quinta-feira. Foi entretanto também convocada uma reunião da ONU, com a Síria como pano de fundo. E o ministro dos Negócios Estrangeiros da Síria, Wallid Muallem, reage, desafiando os EUA a apresentarem provas do ataque químico e a prometeu responder se o seu país for atacado.

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