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Rússia prepara restrições às importações e investimentos dos EUA em resposta às sanções
Moscovo poderá impor sanções à importação de bens e serviços dos Estados Unidos, incluindo produtos agrícolas, software, medicamentos, tabaco e álcool.
A Rússia está a preparar uma resposta às sanções impostas pelos Estados Unidos devido à interferência de Moscovo nas eleições presidenciais norte-americanas de 2016.
De acordo com a Reuters, deputados russos anunciaram esta sexta-feira, 13 de Abril, que as suas propostas passam por impor restrições à importação de certos bens e serviços dos Estados Unidos, e limites aos laços económicos entre Moscovo e Washington.
Na lista de bens incluem-se produtos agrícolas, software, medicamentos, tabaco e álcool.
A proposta, que será discutida na próxima semana na câmara baixa do Parlamento, prevê ainda que as empresas norte-americanas sejam proibidas de participar na privatização de companhias russas e que os Estados Unidos e a Rússia deixem de cooperar em áreas como a energia atómica e a produção de aeronaves.
As medidas propostas surgem como resposta à decisão tomada pela Casa Branca, na semana passada, de implementar o mais duro conjunto de sanções à Rússia desde a crise da Crimeia, que arrastou as relações entre os dois países para um dos pontos mais baixos desde a Guerra Fria.
As propostas foram apresentadas aos jornalistas pelo porta-voz da câmara baixa, mas a Reuters refere que nem o Kremlin nem o governo disseram ainda se apoiam estas medidas.
No entanto, no início desta semana o primeiro-ministro russo considerou as sanções de Washington inaceitáveis e ilegítimas e indicou que a Rússia tinha o direito de responder com medidas de retaliação.
Adicionalmente, Medvedev ordenou que fosse elaborado um plano de apoio às entidades incluídas na lista de sanções dos EUA.
Na sexta-feira passada, Washington impôs novas sanções contra empresários russos, empresas e membros do governo russo, visando aliados do presidente russo, Vladimir Putin.
Entre os alvos das novas sanções contam-se 17 membros do governo russo e sete oligarcas considerados próximos de Putin.