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Putin assina tratado económico com Bielorrússia e Cazaquistão

A vontade do Presidente Putin de construir uma União Económica Euroasiática começou esta quinta-feira a materializar-se depois de assinado um tratado que liga Moscovo, Minsk e Astana. Acordo entra em vigor no primeiro dia de 2015.

Bloomberg
29 de Maio de 2014 às 14:15
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Começou esta quinta-feira a tomar forma o bloco económico euroasiático que, primeiro o Kremlin, e agora o Presidente russo Vladimir Putin têm procurado estabelecer envolvendo antigos países da União Soviética. As conversações que se prolongaram por mais de 20 anos, culminaram hoje, 29 de Maio, com a formalização de um tratado assinado em Astana, a capital do Cazaquistão.

 

O acordo hoje firmado envolve a Rússia, a Bielorrússia e o Cazaquistão e visa estabelecer a designada União Económica Euroasiática, permitindo formar um bloco económico de mais de 170 milhões de pessoas. Até ao final do ano a Arménia e o Quirguistão também deverão aderir.

 

O Kremlin já emitiu um comunicado no qual refere que este acordo permitirá "a livre circulação de produtos, serviços, capitais e trabalhadores e, ainda, aplicar uma política concertada em domínios chave da economia como a energia, a indústria, a agricultura e os transportes".

 

Vladimir Putin realçou a importância deste acordo que permitirá constituir um mercado detentor de um quinto dos recursos mundiais de gás natural e de cerca de 15% das reservas globais de petróleo.

 

Apesar de o acordo passar a vigorar apenas a partir de 1 de Janeiro de 2015, Astana e Minsk irão, segundo a Bloomberg, começar "a alinhar gradualmente" as suas moedas e políticas monetárias com o rublo para facilitar as trocas comerciais e minimizar os riscos. Os três países encontram-se já ligados por uma união aduaneira desde 2010.

 

Putin sempre encarou a criação de um bloco comercial com as ex-Repúblicas soviéticas como vital para assegurar não apenas a área de influência russa na região mas também enquanto garante da própria vitalidade económica de Moscovo. Também por isso o líder russo considerava a participação da Ucrânia, a maior economia dos antigos países satélite da URSS, nesta organização fundamental.

 

Todavia foi a própria aproximação da Ucrânia a Moscovo e a assinatura de um pré-acordo entre os dois países que viria a precipitar, devido às semanas consecutivas de protestos na Praça da INdependência em Kiev, a deposição do ex-Presidente pró-russo Viktor Yanukóvytch. Agora, com a eleição de Petro Poroshenko, Kiev deverá manter a sua política de aproximação, mesmo que paulatina, à União Europeia.

 

 

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