Estado Islâmico reivindica ataque
Entretanto, o autoproclamado Estado Islâmico veio reivindicar este ataque no centro de Paris, através da sua agência noticiosa Amaq citada pela Reuters. Segundo a Amaq, o atacante era "Abu Yusuf, o belga". Pouco depois, a agência deu também a notícia em inglês e francês.
1)Breaking: #ISIS 'Amaq reports Champs-Elysees #Paris attack carried out by #ISIS "fighters," one named Abu Yusuf alBeljiki ("The #Belgian") pic.twitter.com/15ki5cZjdh
— Rita Katz (@Rita_Katz) 20 de abril de 2017
Hollande convoca Conselho de Defesa
O Presidente francês, François Hollande, está a seguir a pista terrorista, referiu por seu lado o Le Figaro. "Estamos convencidos de que a pista é de ordem terrorista", afirmou o chefe de Estado.
Hollande convocou uma reunião de emergência, à qual se juntou o primeiro-ministro, Bernard Cazeneuve, e anunciou para sexta-feira de manhã um Conselho de Defesa.
Na sua conta de Twitter, o presidente manifestou o seu pesar pela morte do polícia, avançando que haverá uma cerimónia nacional em sua homenagem. Hollande disse que o seu pensamento estava com a família do agente assassinado e com as famílias dos feridos.
Mes pensées vont à la famille du policier tué et aux proches des blessés. Un hommage national sera rendu.
— François Hollande (@fhollande) 20 de abril de 2017
Atacante estava referenciado pelos serviços de segurança
Já na madrugada de sexta-feira, vários relatos citados pelo The Telegraph davam conta de que o atirador estava sinalizado pelos serviços secretos, por suspeitas de ‘radicalização’.
Recentemente, este atacante tinha também sido detido para interrogatório numa esquadra da polícia em Meaux, nos arredores de Paris, depois de "informadores" terem indicado que ele "estava a tentar obter armas para matar polícias", refere o The Telegraph citando as mesmas fontes. No entanto, dada a ausência de provas, as autoridades de combate ao terrorismo acabaram por deixá-lo sair em liberdade.
Fillon e Le Pen cancelam campanha
Com o sucedido, dois candidatos às eleições presidenciais em França, cuja primeira volta tem lugar no próximo domingo, 23 de Abril, anunciaram quase de imediato o cancelamento das acções previstas para sexta-feira – último dia de campanha.
Foram eles Marine Le Pen, líder do partido de extrema-direita Frente Nacional, e François Fillon, o ultra-conservador candidato da direita pelo partido Os Republicanos.
Fillon foi mesmo mais longe e pediu a suspensão das eleições de domingo, avança o The Telegraph.
Je considère qu'il n'y a pas lieu de continuer une campagne électorale parce que nous devons manifester notre solidarité avec les policiers.
— François Fillon (@FrancoisFillon) 20 de abril de 2017
Na passada terça-feira, a polícia prendeu dois homens homens suspeitos de estarem a planear um "ataque violento" que as forças de segurança acreditam que teria como objectivo influenciar o resultado eleitoral de domingo.