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Obama diz que argumentos de Putin "não enganam ninguém" (act)

O presidente norte-americano, Barack Obama, afirmou esta terça-feira que os argumentos do presidente da Rússia, Vladimir Putin, para a sua incursão na Crimeia "não enganam ninguém" e disse que a "intromissão" dos russos vai afastar a comunidade internacional de Moscovo.

Reuters
04 de Março de 2014 às 17:23
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No entanto, Obama referiu também "informações" segundo as quais Putin, que deu uma conferência de imprensa hoje, estava a analisar as diferentes opções que tem face à crise ucraniana.

 

O presidente norte-americano destacou que para os Estados Unidos, para a União Europeia e para os seus aliados, "os actos da Rússia violam o direito internacional".

 

"Eu sei que o presidente [da Rússia, Vladimir] Putin, aparentemente (...) tem uma interpretação diferente, mas para mim [estes argumentos] não enganam ninguém", disse.

 

"A comunidade internacional condenou a violação pela Rússia da integridade territorial e da soberania da Ucrânia. Condenámos a sua intervenção na Crimeia. E apelámos a um alívio da situação e ao destacamento imediato de observadores internacionais", acrescentou o líder norte-americano, respondendo a uma questão sobre a situação em Kiev, depois de uma intervenção sobre o orçamento dos Estados Unidos, numa escola em Washington.

 

Barack Obama disse, ainda, que é "importante que o Congresso [norte-americano] esteja solidário" com o executivo, respondendo a críticas de alguns eleitos em Washington.

"Há alguma coisa que o Congresso pode fazer imediatamente para ajudar e isso é ajudar a financiar o apoio económico que pode estabilizar a economia na Ucrânia, ajudar a que as eleições se desenvolvam livremente e muito em breve e, assim, atenuar a pressão", explicou o presidente dos Estados Unidos.

 

"Há algumas informações que indicam que o presidente [russo], Putin, está a reflectir sobre o que se passa. Toda a gente reconhece que, mesmo que a Rússia tenha interesses legítimos no que se passa no país vizinho, isso não lhe dá o direito de recorrer à força para exercer a sua influência no país", afirmou.

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