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Obama avisa que EUA vão responder à pirataria informática da Rússia

O presidente norte-americano anunciou que Washington "vai tomar medidas" contra a Rússia pelos ataques informáticos ocorridos durante a campanha para as presidenciais dos EUA. Moscovo considera estas acusações indecentes.

Kevin Lamarque/Reuters
16 de Dezembro de 2016 às 14:38
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O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse esta sexta-feira, 16 de Dezembro, que o seu Governo "vai tomar medidas" contra a Rússia pelos ataques informáticos ocorridos durante as eleições para a Casa Branca com o objectivo de interferir nos resultados.

"Creio que não há dúvida de que se um governo estrangeiro, seja ele qual for, tenta afectar a integridade das nossas eleições, precisamos de agir", disse Obama numa entrevista à rádio pública norte-americana NPR.

"E nós vamos [fazê-lo], no momento e lugar em que decidamos", acrescentou o Presidente norte-americano.

Responsáveis dos serviços de informação dos Estados Unidos acreditam que o Presidente russo, Vladimir Putin, está pessoalmente envolvido no caso da pirataria informática que marcou as eleições Presidenciais dos Estados Unidos de 08 de Novembro.

O próprio Putin teria dado instruções sobre como filtrar e utilizar as mensagens roubadas ao Partido Democrata através da pirataria informática, revelou hoje a NBC, citando dois funcionários que teriam conhecimento desta informação.

Os responsáveis dizem ter "um alto grau de confiança" nestas conclusões.

Kremlin considera acusações dos EUA indecentes

As declarações da Casa Branca acusando a Rússia de ter perturbado a eleição presidencial norte-americana com a ajuda de piratas informáticos são indecentes, considerou hoje o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

Relativamente à presumível responsabilidade de Moscovo na pirataria, "deve-se parar de falar e apresentar provas. Senão, isto é apenas indecente", declarou Peskov aos jornalistas à margem de uma deslocação do presidente Vladimir Putin a Tóquio.

Obama, que dará hoje às 14:15 locais (19:15 em Lisboa) uma conferência de imprensa antes de partir de férias, deve ser longamente interrogado sobre os ataques informáticos.

A Rússia já rejeitou por diversas vezes as suspeitas norte-americanas, classificando-as de "gratuitas", "não profissionais" e de "não estarem apoiadas em qualquer informação ou prova".

Trump, por seu turno, voltou a sugerir na quinta-feira que a Casa Branca tem intenções partidárias ao acusar a Rússia de estar por trás da acção dos piratas informáticos contra a sua rival democrata.

Responsáveis dos serviços de informação dos Estados Unidos acreditam que Putin está pessoalmente envolvido no caso da pirataria informática que marcou as presidenciais de 8 de Novembro.

A rede de televisão NBC divulgou que o envolvimento de Putin teria sido motivado por um desejo de vingança contra Hillary Clinton e que ele próprio teria dado instruções sobre como filtrar e utilizar as mensagens roubadas ao Partido Democrata através da pirataria informática.
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