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Netanyahu defende que guerra é de "uma moralidade sem paralelo"
"Vamos continuar a nossa guerra defensiva, cuja justiça e moralidade são inigualáveis", declarou Benjamim Netanyahu na abertura de uma reunião do seu Governo, frisando que o exército israelita está a agir "da forma mais moral possível" na Faixa de Gaza.
31 de Dezembro de 2023 às 14:59
O primeiro-ministro de Israel defendeu este domingo que a guerra conduzida pelo exército israelita na Faixa de Gaza é "de uma moralidade sem paralelo", reagindo às acusações de genocídio apresentadas pela África do Sul ao Tribunal Internacional de Justiça.
"Vamos continuar a nossa guerra defensiva, cuja justiça e moralidade são inigualáveis", declarou Benjamim Netanyahu na abertura de uma reunião do seu Governo, frisando que o exército israelita está a agir "da forma mais moral possível" na Faixa de Gaza.
O exército "faz tudo para evitar ferir os civis, enquanto o Hamas faz tudo para os ferir e utiliza-os como escudos humanos", criticou o primeiro-ministro.
O chefe de governo questionou países como a África do Sul, que "dão lições" a Israel, quando milhões de pessoas sofrem com outras guerras, como as da Síria e do Iémen.
"Tudo o que estão a fazer agora é fanfarronice, mentiras e vaidade", criticou, reafirmando que Israel vai manter a guerra que lançou em outubro contra o grupo islâmico Hamas "com justiça e moralidade sem paralelo".
Na sexta-feira, a África do Sul acusou formalmente Israel de crimes de genocídio no enclave palestiniano de Gaza junto do Tribunal Internacional de Justiça, o principal órgão judicial da ONU, em Haia.
Em comunicado, o Governo de Pretória adiantou que foi apresentado no Tribunal Internacional de Justiça um pedido para instaurar um processo contra Israel relativamente a alegadas violações das suas obrigações ao abrigo da Convenção sobre a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio (a "Convenção do Genocídio") em relação aos palestinianos na Faixa de Gaza.
"O Executivo ordenou que o Tribunal Internacional de Justiça em Haia fosse abordado para obter uma ordem exigindo a Israel, que também é um Estado membro, que se abstenha de quaisquer atos que possam constituir genocídio ou crimes relacionados sob a Convenção", salientou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da África do Sul (DIRCO) no comunicado, a que a Lusa teve acesso.
"Um pedido a este respeito foi apresentado ao Tribunal em 29 de dezembro de 2023, no qual o Tribunal é solicitado a declarar com urgência que Israel está a violar as suas obrigações nos termos da Convenção do Genocídio, deve cessar imediatamente todos os atos e medidas em violação dessas obrigações e tomar uma série de ações relacionadas", adiantou.
Pretória sublinhou que a África do Sul "está obrigada pelo tratado a prevenir a ocorrência de genocídio" na qualidade de signatária da Convenção sobre a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio.
As operações militares israelitas na Faixa de Gaza causaram 21.822 mortos, a maioria mulheres, crianças e adolescentes, desde o início da guerra, em 07 de outubro, segundo o governo do Hamas.
Os ataques foram lançados em retaliação a um ataque sem precedentes de comandos do Hamas que matou cerca de 1.140 pessoas em Israel, a maioria civis, de acordo com os últimos dados oficiais israelitas.
"Vamos continuar a nossa guerra defensiva, cuja justiça e moralidade são inigualáveis", declarou Benjamim Netanyahu na abertura de uma reunião do seu Governo, frisando que o exército israelita está a agir "da forma mais moral possível" na Faixa de Gaza.
O chefe de governo questionou países como a África do Sul, que "dão lições" a Israel, quando milhões de pessoas sofrem com outras guerras, como as da Síria e do Iémen.
"Tudo o que estão a fazer agora é fanfarronice, mentiras e vaidade", criticou, reafirmando que Israel vai manter a guerra que lançou em outubro contra o grupo islâmico Hamas "com justiça e moralidade sem paralelo".
Na sexta-feira, a África do Sul acusou formalmente Israel de crimes de genocídio no enclave palestiniano de Gaza junto do Tribunal Internacional de Justiça, o principal órgão judicial da ONU, em Haia.
Em comunicado, o Governo de Pretória adiantou que foi apresentado no Tribunal Internacional de Justiça um pedido para instaurar um processo contra Israel relativamente a alegadas violações das suas obrigações ao abrigo da Convenção sobre a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio (a "Convenção do Genocídio") em relação aos palestinianos na Faixa de Gaza.
"O Executivo ordenou que o Tribunal Internacional de Justiça em Haia fosse abordado para obter uma ordem exigindo a Israel, que também é um Estado membro, que se abstenha de quaisquer atos que possam constituir genocídio ou crimes relacionados sob a Convenção", salientou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da África do Sul (DIRCO) no comunicado, a que a Lusa teve acesso.
"Um pedido a este respeito foi apresentado ao Tribunal em 29 de dezembro de 2023, no qual o Tribunal é solicitado a declarar com urgência que Israel está a violar as suas obrigações nos termos da Convenção do Genocídio, deve cessar imediatamente todos os atos e medidas em violação dessas obrigações e tomar uma série de ações relacionadas", adiantou.
Pretória sublinhou que a África do Sul "está obrigada pelo tratado a prevenir a ocorrência de genocídio" na qualidade de signatária da Convenção sobre a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio.
As operações militares israelitas na Faixa de Gaza causaram 21.822 mortos, a maioria mulheres, crianças e adolescentes, desde o início da guerra, em 07 de outubro, segundo o governo do Hamas.
Os ataques foram lançados em retaliação a um ataque sem precedentes de comandos do Hamas que matou cerca de 1.140 pessoas em Israel, a maioria civis, de acordo com os últimos dados oficiais israelitas.