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Biden pede "cuidado" a Netanyahu: "a opinião pública pode mudar de um dia para outro"
O presidente norte-americano alertou o primeiro-ministro israelita que "está a fazer com que seja muito difícil para o mundo continuar a apoiar Israel", ao não aceitar a possibilidade de um cessar-fogo e uma solução de dois Estados na regjão.
O governo de Benjamin Netanyahu "está a fazer com que seja muito difícil para o mundo continuar a apoiar Israel" e Telavive deve ter "cuidado" porque "toda a opinião pública mundial pode mudar de um dia para outro". Foram estes os avisos deixados pelo presidente norte-americano, Joe Biden, em eventos realizados na segunda e terça-feira.
As afirmações estão a ser entendidas como o acentuar de uma divisão entre os líderes dos dois países, especialmente no que concerne ao futuro da Faixa de Gaza e uma solução de dois Estados, apoiada por Biden, mas contestada por Netanyahu. Aliás, são as declarações mais críticas desde o ataque a Israel pelo Hamas a 7 de outubro.
Nas palavras de Biden, a campanha de bombardeamento em Gaza tem sido "indiscriminada" e, apesar de Israel continuar a ter o apoio dos Estados Unidos e da União Europeia, "está a começar a perder esse apoio".
O presidente norte-americano ressalvou que o executivo israelita poderia voltar a ter o apoio da opinião pública se mudasse de posição em alguns temas-chave. O democrata descreveu o governo do primeiro-ministro israelita como sendo o mais conservador na história da nação e esclareceu que "eles não querem uma solução de dois Estados" ou "ter alguma coisa a ver com os palestinianos".
Mas garantiu, "ele [Netanyahu] não pode dizer que não a um Estado palestiniano, de todo. E isso vai ser difícil para ele". E até isso acontecer, continuou, "nós não vamos fazer nada além de proteger Israel no processo. Nada".
Os comentários de Biden esta terça-feira têm lugar horas depois de o primeiro-ministro israelita ter confessado que tem um "desacordo" com o presidente norte-americano sobre o futuro de Gaza, rejeitando propostas para uma renovada Autoridade Palestiniana assumir o controlo de Gaza.
Netanyahu deixou igualmente claro que não ia permitir que se repetisse o que aconteceu nos Acordos de Oslo, assinado em 1993, e que resultou na Autoridade Palestiniana ganhar um certo grau de auto-governação em Gaza e na Cisjordânia.
Segundo as contas das autoridades de saúde do Hamas, o número de mortes na Faiza de Gaza atingiu 17 mil pessoas esta terça-feira, renovando a pressão para um cessar-fogo em Israel. Na semana passada, num esforço para o fim das hostilidades, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) votou uma resolução a favor de um cessar-fogo, que foi vetada pelos Estados Unidos.
Apesar das críticas, Joe Biden referiu que continua empenhado no esforço de apoiar o governo israelita na eliminação do Hamas, que a UE e os EUA consideram um grupo terrorista.
Depois de uma tentativa, na semana passada, de um cessar-fogo, em que o Hamas libertaria reféns e e Israel libertaria prisioneiros palestinianos, que acabou por colapsar, os Estados Unidos não têm conseguido progredir nas negociações. O objetivo continua a ser o mesmo: "trazer Israel para a mesa de negociações de uma forma que possa ser o início de uma opção para uma solução de dois Estados".
As afirmações estão a ser entendidas como o acentuar de uma divisão entre os líderes dos dois países, especialmente no que concerne ao futuro da Faixa de Gaza e uma solução de dois Estados, apoiada por Biden, mas contestada por Netanyahu. Aliás, são as declarações mais críticas desde o ataque a Israel pelo Hamas a 7 de outubro.
O presidente norte-americano ressalvou que o executivo israelita poderia voltar a ter o apoio da opinião pública se mudasse de posição em alguns temas-chave. O democrata descreveu o governo do primeiro-ministro israelita como sendo o mais conservador na história da nação e esclareceu que "eles não querem uma solução de dois Estados" ou "ter alguma coisa a ver com os palestinianos".
Mas garantiu, "ele [Netanyahu] não pode dizer que não a um Estado palestiniano, de todo. E isso vai ser difícil para ele". E até isso acontecer, continuou, "nós não vamos fazer nada além de proteger Israel no processo. Nada".
Os comentários de Biden esta terça-feira têm lugar horas depois de o primeiro-ministro israelita ter confessado que tem um "desacordo" com o presidente norte-americano sobre o futuro de Gaza, rejeitando propostas para uma renovada Autoridade Palestiniana assumir o controlo de Gaza.
Netanyahu deixou igualmente claro que não ia permitir que se repetisse o que aconteceu nos Acordos de Oslo, assinado em 1993, e que resultou na Autoridade Palestiniana ganhar um certo grau de auto-governação em Gaza e na Cisjordânia.
Segundo as contas das autoridades de saúde do Hamas, o número de mortes na Faiza de Gaza atingiu 17 mil pessoas esta terça-feira, renovando a pressão para um cessar-fogo em Israel. Na semana passada, num esforço para o fim das hostilidades, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) votou uma resolução a favor de um cessar-fogo, que foi vetada pelos Estados Unidos.
Apesar das críticas, Joe Biden referiu que continua empenhado no esforço de apoiar o governo israelita na eliminação do Hamas, que a UE e os EUA consideram um grupo terrorista.
Depois de uma tentativa, na semana passada, de um cessar-fogo, em que o Hamas libertaria reféns e e Israel libertaria prisioneiros palestinianos, que acabou por colapsar, os Estados Unidos não têm conseguido progredir nas negociações. O objetivo continua a ser o mesmo: "trazer Israel para a mesa de negociações de uma forma que possa ser o início de uma opção para uma solução de dois Estados".