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Merkel acusa Putin de “perturbar a estabilidade internacional”
A chanceler alemã responsabilizou a Rússia pela instabilidade internacional. Além das ameaças de avançar com as sanções previstas pela União Europeia, a chanceler pressiona Putin ao anunciar a assinatura do tratado de associação entre a Ucrânia e a UE.
Angela Merkel acusou a Rússia de “perturbar a estabilidade internacional” perante o “uso da força na Crimeia”, esta quarta-feira, 13 de Março, noticia o “El Mundo”.
A chanceler alemã afirmou no parlamento em Budenstag que “o direito da força será confrontado com a força do direito”, referindo-se aos três níveis de sanções previstos pela União Europeia.
“Ninguém de nós deseja aplicar estas medidas, mas estamos preparados para agir se a Rússia não recuar”, ameaçou Angela Merkel o Presidente russo Vladimir Putin. A chanceler advertiu ainda que as sanções causarão “danos massivos, não somente económicos mas também políticos”.
Merkel admite que também a Alemanha sofrerá consequências económicas com a aplicação destas sanções, mas alega que esta é a forma de pressionar mais apropriada, recordando que “os conflitos de interesse da Europa do século passado não podem ser exemplo para os do século XXI”.
Na visita oficial à Polónia da passada terça-feira, 12 de Março, a chanceler alemã anunciou a eminente assinatura do tratado de associação entre a União Europeia e a Ucrânia. O documento, que foi congelado em Novembro passado por decisão do então Presidente ucraniano, Víktor Yanukovich, influenciado por Putin que temia perder influência sobre Kiev.
“Ambos admitimos a necessidade de subscrever o tratado o mais rápido possível”, confirmou o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, anunciando que o acordo ficará assinado na próxima semana.
No parlamento alemão a chanceler confirmou a pressa na assinatura deste acordo e estipulou como prazo o fim desta semana. Segunda-feira, se a Rússia não manifestar vontade em participar nas negociações propostas pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, os ministros dos negócios estrangeiros da União Europeia avançaram com uma revisão nas sanções propostas, anunciou Merkel.