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Guerra em Gaza vai durar todo o ano de 2024

Um porta-voz do exército israelita disse que dezenas de milhares de reservistas israelitas serão necessários para continuar os combates.

Mohammed Salem/Reuters
01 de Janeiro de 2024 às 14:55
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A guerra entre Israel e o movimento islâmico Hamas, na Faixa de Gaza, vai continuar "durante todo o ano" de 2024, afirmou um porta-voz do exército israelita.

O exército "deve planear com antecedência, porque seremos chamados para tarefas e combates adicionais ao longo deste ano", disse Daniel Hagari à imprensa no domingo à noite.

O porta-voz do exército israelita disse que dezenas de milhares de reservistas israelitas serão necessários para continuar os combates, mas que alguns deles irão fazer uma pausa na guerra para se prepararem para "combates prolongados".

"Alguns reservistas regressam esta semana às suas famílias e aos seus empregos", disse Hagari, o que lhes permitirá "recuperar as forças para as atividades" do ano que começa hoje.

Além disso, o facto de alguns dos 300.000 reservistas regressarem ao trabalho durante algum tempo "aliviará consideravelmente a carga sobre a economia", que foi afetada pela guerra, afirmou.

O exército está a planear o destacamento das suas tropas nos próximos meses, acrescentou.

A guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada pelo ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano a solo israelita a partir da Faixa de Gaza, em 7 de outubro.

Nesse dia, comandos do Hamas lançaram um ataque terrorista em solo israelita, durante o qual mataram 1.139 pessoas, na maioria civis, de acordo com o mais recente balanço das autoridades israelitas.

Cerca de 250 pessoas foram também sequestradas nesse dia e levadas para Gaza, 129 das quais se encontram ainda em cativeiro pelo movimento, no poder no enclave palestiniano desde 2007.

Israel declarou guerra ao Hamas e tem bombardeado a Faixa de Gaza, conduzindo operações militares no território para "eliminar" o movimento, o que desencadeou uma crise humanitária no território.

Desde o início da operação terrestre em Gaza, a 27 de outubro, o exército israelita perdeu 172 soldados em território palestiniano, alguns dos quais em incidentes ditos de "fogo amigo", ou seja, das suas próprias forças armadas.

Esta segunda-feira, 1 de janeiro, o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, governada pelo Hamas, anunciou que as operações militares israelitas no território causaram 21.978 mortos desde o início da guerra.

Este número inclui 156 pessoas mortas nas últimas 24 horas, segundo a mesma fonte, citada pela AFP, que também deu conta de 57.697 pessoas feridas desde 7 de outubro.

No sábado, o Ministério da Saúde do território governado pelo Hamas disse que pelo menos 165 palestinianos tinham sido mortos nas 24 horas anteriores, mais 250 feridos, pelos ataques israelitas em Gaza.

 

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