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Greta: "Não é preciso uma licenciatura em economia" para ver a relação com o clima

A ativista Greta Thunberg respondeu ao secretário do Tesouro norte-americano argumentando que não é preciso uma licenciatura em economia para perceber a relação com as alterações climáticas.

Pedro Catarino
Negócios jng@negocios.pt 24 de Janeiro de 2020 às 16:12
A ativista sueca deverá voltar a estudar este ano, mas não será por causa da sugestão do secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, de que esta deveria ir estudar economia. Greta Thunberg considera que não é preciso uma licenciatura em economia para perceber a relação com as alterações climáticas.

Em resposta à provocação de Mnuchin - que chegou a perguntar "Quem é Greta Thunberg?" numa conferência de imprensa à margem de Davos -, Greta escreveu no Twitter que seu gap year (ano sabático) termina em agosto, sugerindo que deverá voltar aos estudos este ano. 
"Mas não é preciso uma licenciatura em economia para entender que não há coerência entre o nosso 'orçamento' de carbono restantes para os 1,5 graus centígrados e os investimento e subsídios nos combustíveis fósseis", escreveu a ativista pelo clima na sua conta de Twitter.

Segundo dados das Nações Unidas citadas, ao atual ritmo faltam apenas oito anos para esgotar esse 'orçamento' de dióxido de carbono que levará a uma subida acumulada de 1,5 graus centígrados nas temperaturas. 

Para Greta Thunberg, o secretário do Tesouro não explicou como pretende executar esta "mitigação" ou, em alternativa, como irá "explicar às gerações futuras e aqueles afetados pela emergência climática o porquê de devermos abandonar os nossos compromissos climáticos".

Ontem, Steven Mnuchin tinha sugerido à ativista para ir estudar Economia, defendendo que não é preciso deixar de utilizar combustíveis fósseis. "Ela é a economista-chefe ou quem é ela? Estou confuso", disse, acrescentando que era uma piada.

Anteriormente, o presidente norte-americano, Donald Trump, num discurso no Fórum Económico Mundial em Davos, também tinha criticado os "profetas que vaticinam um apocalipse climático" na Terra, colocando o ónus da responsabilidade em países como a Índia e a China e não nos EUA. 

Já Greta Thunberg foi ao evento reiterar a sua mensagem de que "a nossa casa está a arder" e que a inação dos líderes mundiais "está a alimentar as chamas". "Ao contrário de vocês, a minha geração não irá desistir sem uma luta", garantiu, pedindo às empresas e aos Estados para, pelo menos, tentarem combater as alterações climáticas.
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