Notícia
Governo turco atribui atentado de Ancara a forças curdas
Esta quinta-feira, 18 de Fevereiro, um novo ataque matou mais sete militares em Lice, na província de Diyarbakir. Ontem morreram pelo menos 28 pessoas e 61 ficaram feridas no centro de Ancara.
Na manhã em que a Turquia voltou a ser alvo de novo ataque à bomba (matando sete militares no sudoeste do país, zona de maioria curda), o primeiro-ministro Ahmet Davutoglu responsabilizou o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e as milícias curdas pela explosão que esta quarta-feira ao final da tarde matou pelo menos 28 pessoas.
De acordo com Davutoglu, em declarações citadas pela agência France-Presse, o autor do atentado terá sido um cidadão sírio de 23 anos chamado Salih Necar e as autoridades já detiveram nove pessoas por envolvimento no ataque.
Apesar de um porta-voz do PKK ter desmentido qualquer ligação ao acto, o chefe de Governo insiste: "A organização terrorista e os YPG [afiliados sírios do PKK] cometeram este ataque em conjunto".
Desde sábado que as forças turcas estão a bombardear posições detidas pelo YPG, que têm beneficiado das acções da Síria e Rússia em Aleppo para ganhar terreno em zonas próximas da fronteira turca.
O primeiro-ministro reforçou esta quinta-feira que os bombardeamentos continuarão e avisou a Rússia para não usar o partido curdo na Síria (o YPG) contra a Turquia, além de dizer que o regime sírio é directamente responsável pelos ataques de Ancara. Segundo Davutoglu, 60 a 70 militantes, entre os quais altos dirigentes do PKK, foram mortos esta madrugada em ataques contra os seus acampamentos no norte do Iraque.
A deflagração de uma bomba colocada num carro matou ontem ao final do dia pelo menos 28 pessoas e feriu 61 no centro de Ancara num ataque dirigido a dois autocarros militares. Esta quinta-feira, 18 de Fevereiro, um novo ataque matou mais sete militares em Lice, na província de Diyarbakir.