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França avisa que vai retaliar se EUA avançarem com tarifas contra taxa digital

"Se os norte-americanos decidirem ir em frente com a imposição de sanções contra a taxa digital … então vamos retaliar", disse Bruno Le Maire.

EPA
06 de Janeiro de 2020 às 09:48
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O ministro da Economia francês renovou os alertas contra a intenção dos Estados Unidos avançarem com tarifas a produtos franceses para responder à taxa que o governo gaulês colocou às multinacionais do setor digital.

 

"Se os norte-americanos decidirem ir em frente com a imposição de sanções contra a taxa digital … então vamos retaliar", disse Bruno Le Maire.

 

Bloomberg avançou no início de dezembro que os EUA querem impor taxas alfandegárias no valor de 2,4 mil milhões de dólares (2,1 mil milhões de euros) à importação de produtos franceses - como champanhe, malas de mão e queijos -, um gesto de retaliação perante o imposto digital que França irá aplicar. 

 

Até agora os EUA ainda não oficializaram estas sanções, mas França já se está a preparar para responder e assinala que está à espera que estas se tornem efetivas em breve. "Se existirem sanções, e é possível que elas venham a ser aplicadas, vamos contactar imediatamente a Organização Mundial do Comércio", afirmou o ministro francês à Inter Radio, de acordo com a Reuters.   

 

Le Maire endereçou uma carta à administração dos EUA, onde avisa que a imposição de tarifas contra a taxa digital vai afetar as "relações transatlânticas" de forma "profunda e duradoura", isto numa altura em que "temos que estar unidos".

 

O ministro francês acrescenta que "está em contacto com a Comissão Europeia e outros estados membros da União Europeia sobre este tema", estando a ser contempladas "as várias opções os nossos direitos comerciais de uma forma proporcionada e determinada, como temos feito no passado".

 

O Governo francês decidiu avançar em julho com uma taxa de 3% sobre os serviços digitais prestados na França por parte de empresas com receitas acima de 25 milhões no país e mais de 750 milhões de euros em todo o mundo.

 

Os Estados Unidos consideram que esta medida é "inconsistente perante os princípios prevalecentes da política tributária internacional, sendo excecionalmente oneroso para as empresas norte-americanas visadas", como a Google, Facebook, Apple e Amazon.

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