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Ex-chanceler alemão Helmut Kohl morreu hoje
Kohl "faleceu esta manhã na sua casa de Ludwigshafen", sudoeste do país, revelou o jornal Bild.
O ex-chanceler alemão Helmut Kohl, o "pai" da reunificação alemã, morreu hoje aos 87 anos, indicou o diário Bild, cuja direcção estava muito próxima desta figura da história da Alemanha contemporânea.
Kohl "faleceu esta manhã na sua casa de Ludwigshafen", sudoeste do país, revelou o jornal. A informação foi em seguida confirmada pela União Cristã-Democrata (CDU), o partido do chanceler que governou a Alemanha entre 1982 e 1998.
Helmut Kohl foi o dirigente político germânico que mais tempo governou a República Federal, com quatro legislaturas, e foi o artífice da reunificação alemã, após a queda do Muro de Berlim em 1989.
"Estamos de luto, descanse em paz", referiu a CDU na rede social de mensagens curtas Twitter, ao confirmar a morte do político.
A União Social-Cristã (CSU), o partido bávaro associado à CSU de Angela Merkel, também emitiu uma mensagem no Twitter: "Estamos de luto pelo ex-chanceler Helmut Kohl. Kohl era um grande estadista, os seus resultados para o nosso país são incalculáveis".
O ex-chanceler estava afastado da vida pública desde 2008 e remetido a uma cadeira de rodas, após a queda numas escadas que lhe provocou um traumatismo cranioencefálico.
Kohl emergiu na política nacional alemã em 1976, quando se tornou no chefe da oposição e conquistou a chancelaria em 1982, após garantir a aprovação de uma moção de censura contra o então chefe do executivo, o social-democrata Helmut Schmidt.
Um ano depois foi confirmado pelas urnas no posto de chanceler, e manteve-se no cargo até 1998, quando foi derrotado pelo social-democrata Gerhard Schröder, que pela primeira vez se aliou aos Verdes para recuperar o governo da Alemanha.
Bill Clinton, ex-presidente dos EUA, descreveu numa ocasião Kohl como "o mais importante estadista europeu desde a II Guerra Mundial".