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EUA ativam 5 mil efetivos da Guarda Nacional para fazer frente a protestos
"Todas as tropas estão atualmente sob direção do governador de cada estado e das forças de segurança locais", indicou porta-voz.
Cerca de 5.000 efetivos da Guarda Nacional, militares de reserva, foram ativados em 15 estados dos Estados Unidos e no Distrito de Columbia, para lidar com os protestos contra a violência policial, informou hoje aquela força.
Em comunicado, a Guarda Nacional acrescentou que há ainda mais 2.000 efetivos preparados para ser ativados, afirmando que "a situação é fluida, por isso os números podem mudar rapidamente".
Os estados que ativaram este corpo militar foram os de Minnesota, Ohio, Colorado, Geórgia, Indiana, Kentucky, Carolina do Norte, Pensilvânia, Dakota do Sul, Carolina do Sul, Tennessee, Texas, Utah, Washington, Wisconsin e o Distrito de Columbia.
"Todas as tropas estão atualmente sob direção do governador de cada estado e das forças de segurança locais", escreveu no texto o sargento W. Michael Houk, porta-voz do Gabinete da Guarda Nacional.
O jornal The Washington Post acrescentou que, paralelamente, o Departamento da Defesa colocou uma unidade de engenheiros e um pequeno número de unidades da Polícia Militar em estado de alerta.
Por outro lado, a autarca de Chicago, Lori Lightfoot, anunciou hoje que o governador do Estado de Ilinois, J.B. Pritzker, ordenou, a seu pedido, que "um contingente da Guarda nacional mantenha uma presença limitada" na cidade para apoiar a polícia, para que os distúrbios de sábado à noite não se repitam.
Esta medida junta-se ao recolher obrigatório noturno imposto na cidade entre as 21:00 às 06:00.
Na origem dos protestos está a morte do afro-americano George Floyd, de 46 anos, às mãos da polícia na passada segunda-feira, depois de ter sido detido sob suspeita de ter tentado usar uma nota falsa de 20 dólares (18 euros) num supermercado de Minneapolis, no estado do Minnesota.
Em vídeos feitos por transeuntes e difundidos 'online', um dos quatro agentes, que participaram na detenção, tem um joelho sobre o pescoço de Floyd, durante mais de oito minutos. Os quatro foram já despedidos da força policial e um deles, o que prendeu George Floyd, foi acusado de homicídio involuntário.
No sábado à noite, registaram-se confrontos entre manifestantes e polícias que abalaram as principais cidades dos Estados Unidos, colocadas sob recolher obrigatório, na sequência da morte do afro-americano George Floyd.