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Economia turca cresce mais de 5% no segundo trimestre. Lira deve travar PIB

A economia turca consegue um registo positivo no segundo trimestre, com o PIB a crescer acima de 5%. Contudo, espera-se um ano de crescimento significativamente inferior a 2017, à boleia da desvalorização da moeda.   

EPA/Lusa
10 de Setembro de 2018 às 10:32
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A economia turca cresceu 5,2% entre Abril e Junho face ao segundo trimestre do ano anterior. Espera-se que estes dados marquem o último crescimento sólido desta economia, que deverá ser abalada na segunda metade do ano pela quebra da lira.

 

Os dados lançados esta segunda-feira pelo gabinete de estatísticas turco mostram um avanço da economia não só em relação ao segundo trimestre do ano anterior mas também em relação aos primeiros três meses de 2018, registando um crescimento em cadeia de 0,9%.

 

Os 15 anos nos quais Erdogan esteve no poder, e durante os quais assistiu a um crescimento forte da economia turca, deverão sofrer um abalo face à forte desvalorização da lira. O valor da moeda turca já caiu 41,67% desde o início do ano. Esta segunda-feira a divisa perde 0,58% para os 0,15514 dólares.

 

Desta forma, o avanço de 7,4% do PIB registado em 2017 deverá abrandar para um crescimento de 3,3% no final de 2018.

 

A iminência de novas tarifas por parte dos EUA acelerou um verdadeiro "sell-off" nos mercados emergentes, com acções, divisas e dívida dos emergentes a afundarem. No caso da Turquia, Donald Trump já havia decretado a duplicação das taxas sobre o alumínio e o aço provenientes deste país. 

 

A crise na economia turca tem na banca uma "porta de entrada" para a Europa, com várias instituições europeias expostas a esta economia. Contudo, os analistas contactados pelo Negócios não esperam um impacto sistémico no bloco europeu: poderá haver casos de contágio pontuais mas, na maior parte das vezes, o dinheiro que sai dos emergentes é redireccionado para os desenvolvidos. Dito isto, a crise nos mercados emergentes tem maior tendência para se alastrar aos mercados desenvolvidos hoje do que há umas décadas, mesmo que os emergentes sejam provavelmente mais penalizados.

 

 

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