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China anuncia que Pequim e Washington vão remotar conversações sobre acordo comercial
O Ministério do Comércio anunciou em Pequim que os dois países vão "em breve" retomar as conversações.
Apesar do presidente dos Estados Unidos ter cancelado a última ronda de conversações com a China, Pequim anunciou que está "para breve" um novo encontro entre as partes para avaliar a implementação do acordo comercial de fase um entre as duas maiores economias do mundo.
O Ministério do Comércio anunciou em Pequim que os dois países vão "em breve" retomar as conversações. A novidade foi dada por Gao Feng, porta-voz do governo chinês, quando questionado sobre se iria acontecer a anteriormente programada reunião a propósito do acordo de fase um.
Donald Trump adiantou esta terça-feira que foi o responsável pelo cancelamento das conversações com a China. "Cancelei as conversações com a China", afirmou Trump esta terça-feira, no Arizona. "Não quero falar com a China neste momento".
O entendimento alcançado em janeiro, e que entrou em vigor em fevereiro, implicava uma avaliação sobre a sua implementação a cada seis meses, mas a primeira, prevista para o final da semana passada, acabou por não acontecer. Apesar de a agenda das conversações nunca ter sido formalmente anunciada, o South China Morning Post revelou que o encontro, por videoconferência, estava marcado para o passado domingo e contaria com o vice-primeiro-ministro chinês Liu He, o representante do Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.
Segundo Trump esse encontro já não vai acontecer, mas do lado chinês as informações apontam para que tal venha a acontecer em breve.
Questionado sobre se os Estados Unidos pensam retirar-se deste acordo de fase um, o líder da Casa Branca disse apenas que "veremos o que vai acontecer". Segundo a Bloomberg, o cancelamento do acordo implicaria uma notificação escrita e entraria em vigor passados 60 dias, a menos que as duas partes acordassem um outro calendário.
Como parte deste entendimento, a China tem levado a cabo mudanças estruturais em vários domínios como a proteção dos direitos de propriedade intelectual, mas tem ficado muito aquém na sua promessa de aumentar as compras de bens dos Estados Unidos.
Trump, por sua vez, a escassos meses das eleições presidenciais de novembro, tem aumentado a pressão sobre a China, não só a respeito da situação de Taiwan e Hong Kong, como também em relação às tecnológicas do país.
Recentemente, Trump assinou duas ordens executivas impondo restrições às donas da TikTok e WeChat, e ameaçou uma guerra mais ampla contra todo o setor, alegando riscos relacionados com a segurança nacional.