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CEO da CBS acusado de assédio sexual por seis mulheres

Seis mulheres com ligações profissionais ao director-executivo da cadeia televisiva norte-americana CBS, Leslie Moonves, afirmaram que este as assediou sexualmente há mais de 20 anos, o que Moonves não negou, segundo a revista “The New Yorker”.

Leslie Moonves, director-executivo da cadeia televisiva norte-americana CBS.
28 de Julho de 2018 às 15:49
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Leslie Moonves, director-executivo da cadeia televisiva norte-americana CBS e um dos homens mais poderosos de Hollywood, é acusado de assédio sexual por seis mulheres com quem teve ligações profissionais, segundo a revista "The New Yorker".

 

Segundo a agência de notícias EFE, que cita a revista norte-americana, quatro das mulheres asseguraram que durante reuniões de trabalho houve beijos e carícias não desejados por parte de Moonves, afirmando ainda que era prática habitual.

 

Duas outras afirmaram que Moonves, de 68 anos e à frente da cadeia televisiva CBS desde Fevereiro de 2016, as intimidou fisicamente ou ameaçou destruir as suas carreiras, acrescentando o artigo da revista norte-americana que este se tornou hostil e distante depois de terem sido recusados os seus avanços.

 

Citada na reportagem da "The New Yorker" a atriz e escritora Illeana Douglas, que conheceu Moonves em 1996, quando era responsável pelo departamento de entretenimento da CBS, disse que o que se passou no seu caso foi "uma agressão sexual" que resultou no seu despedimento por não ter rejeitado os intentos de Moonves.

 

O artigo assinala que estas mulheres temia que as denúncias pudessem resultar em represálias por parte de Moonves, "conhecido pela sua habilidade em criar e destruir carreiras" e o qual se converteu numa das vozes a favor do movimento #MeToo (#EuTambém, na tradução em português, e usado como frase chave o movimento de denúncia e combate a assédio sexual de mulheres espoletado pelas denúncias contra o produtor de cinema norte-americano Harvey Weinstein).

 

O texto da "The New Yorker" recorda que em Dezembro passado Moonves ajudou a fundar a Comissão para Eliminar o Assédio Sexual e o Desenvolvimento da Igualdade no Trabalho, criada por instituições e personalidades do mundo do espectáculo depois de conhecidas as acusações contra Weinstein.

 

À revista norte-americana Moonves garantiu que nos seus anos na CBS promoveu "a cultura do respeito e oportunidades para todos os empregados" e que "de forma consistente" tiveram "êxito com mulheres a ascender a altos cargos executivos".

 

"Reconheço que houve ocasiões há décadas em que posso ter tido avanços incómodos para algumas mulheres. Foram erros e lamento-o profundamente", disse Moonves, que acrescentou que sempre entendeu que "não é não" e que nunca usou a sua posição para prejudicar ou bloquear qualquer carreira.

 

Antes de ser divulgado o artigo na revista, que foi antecipado por outros media locais, a administração da CBS anunciou que vai investigar as versões sobre a má conduta sexual do seu director-executivo.

 

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