O telefone foi breve, conta o The Guardian, e surge no seguimento das revelações avançadas esta semana pelo Wikileaks e que davam conta de actos de espionagem por parte da NSA, autoridade de segurança nacional norte-americana, aos presidentes Jacques Chirac, Nicolas Sarkozy e o actual presidente francês, François Hollande.

Esta quarta-feira, 24 de Junho, Hollande garantiu que "França não vai tolerar acções que ameacem a sua segurança e a defesa dos seus interesses", e o embaixador norte-americano em Paris foi convocado pelo ministro dos Assuntos Estrangeiros francês.

Obama, segundo um comunicado citado pelo jornal britânico, "reafirmou o compromisso sério com as relações bilaterais" no telefonema a Hollande e garantiu que os serviços secretos "não estão e não vão espiar as comunicações do presidente francês".

Este comunicado não esclarece porém se os EUA continuam a espiar outros responsáveis ou autoridades francesas.

Depois das revelações do Wikileaks, avançadas inicialmente pelo jornal Liberation e pelo jornal digital Mediapart, Hollande reuniu-se de emergência com os seus ministros e autoridades militares.

Obama vem, assim, tentar pôr um ponto final neste tema, mas Julian Assange, fundador do Wikileaks, já prometeu mais "revelações importantes", num comunicado citado pela Reuters.