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Autoridades do EUA desmascaram burla dos videntes
O esquema, que data de 2000, baseava-se no envio de cartas onde dois alegados médiuns franceses previam boa fortuna, em troca da compra de produtos e serviços.
As autoridades dos Estados Unidos puseram fim a uma operação de fraude postal que burlou mais de um milhão de cidadãos norte-americanos em cerca de 180 milhões de dólares (aproximadamente 158 milhões de euros).
Segundo avança a Reuters, um juiz federal proibiu as empresas Montreal's Infogest Direct Marketing e Hong Kong's Destiny Research Center Ltd e seis indivíduos de utilizarem o sistema de correios norte-americano para enviar anúncios, materiais promocionais e solicitações em nome de alegados médiuns, astrólogos e videntes.
Num esquema que data de 2000, os réus foram acusados de enviar cartas de forma aparentemente personalizada em que os médiuns franceses Maria Duval e Patrick Guerin previam uma grande fortuna – através de um prémio da lotaria, por exemplo – para que as pessoas comprassem produtos e serviços e garantissem esse destino.
Uma das cartas que era enviada às pessoas explicava como Guerin e Duval partilhavam "visões claras" de que os destinatários iriam receber grandes quantias em dinheiro em jogos de azar, desde que pagassem 50 dólares por um "talismã misterioso" e por um exemplar do livro "O meu inestimável guia para a minha nova vida".
As autoridades revelaram que as pessoas que compravam produtos ou serviços eram depois "bombardeadas" com solicitações adicionais. Na última década foram enviadas mais de 56 milhões de correspondências desse tipo.
"Para encher os próprios bolsos, os réus aproveitaram-se da superstição e do desespero de milhões de americanos vulneráveis", concluiu o procurador Robert Capers, num comunicado citado pela Reuters.