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Ataque em Istambul fez 41 mortos, segundo novo balanço
O ataque atribuído pelo Governo turco ao Estado Islâmico fez ainda 239 feridos, tendo 109 tido já alta do hospital.
Negócios
29 de Junho de 2016 às 11:25
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O gabinete do governador de Istambul reviu em alta para 41 o número de vítimas mortais provocadas pelo ataque desta terça-feira no aeroporto Ataturk naquela cidade turca, dos 36 anunciados ontem à noite.
De acordo com um comunicado daquela fonte, citado pela Reuters, entre as vítimas estão 13 cidadãos estrangeiros, sendo cinco cidadãos sauditas, dois iraquianos, um chinês, um jordano, um tunisino, um usbeque, um iraniano e um ucraniano. Três das vítimas têm dupla nacionalidade.
O Governo de Lisboa já tinha feito saber que não tinha conhecimento da existência de portugueses entre as vítimas.
O ataque atribuído pelo Governo turco ao Estado Islâmico fez 239 feridos - contra os 147 ontem conhecidos -, tendo 109 tido alta do hospital, refere o mesmo balanço oficial do governador.
No rescaldo dos ataques, e depois de ontem ter sido anunciada formalmente a reaproximação entre a Turquia e a Rússia, os presidentes dos dois países falaram esta quarta-feira ao telefone. Recep Tayyip Erdogan e Vladimir Putin disseram-se determinados em combater o terrorismo e em retomarem contactos e concordaram em encontrar-se pessoalmente. Putin condenou o ataque em Istambul, segundo a Reuters.
Informações da televisão pública turca indicavam ontem que três kamikazes perpetraram o ataque cerca das 21:30 locais (20:30 em Lisboa), à entrada do terminal de saídas do aeroporto. Mais tarde viram-se filmagens com duas explosões quase em simultâneo, tendo sido posteriormente avançado que o ataque foi perpretado por três bombistas suicidas.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, falou ao país algumas horas depois deste ataque, tendo apelado a uma "luta conjunta" internacional. "Espero que o ataque ao aeroporto de Ataturk seja um ponto de viragem na luta comum em todo o planeta, com os países ocidentais a liderar, contra as organizações terroristas", referiu o chefe de Estado turco em comunicado divulgado à imprensa e citado pela Lusa.
O Ministério do Interior organizou um centro de crise, cancelou todos os voos e encerrou o aeroporto até às 08:00 de quarta-feira (07:00 em Lisboa). As autoridades impuseram um embargo aos órgãos de comunicação social sobre imagens relacionadas com os atentados.
A Turquia está em estado de alerta por ameaça terrorista e Istambul já este ano sofreu dois atentados suicidas atribuídos ao grupo extremista Estado Islâmico, que provocaram a morte a 15 pessoas. Em Ancara, dois atentados reivindicados pelo grupo armado "Falcões para a Liberdade do Curdistão" (TAK), próximo do ilegal Partido dos Trabalhadores do Curdistão, provocaram mais de 60 mortos.
O aeroporto Ataturk é o maior da Turquia e um dos mais movimentados do mundo. O ano passado 61 milhões de passageiros utilizaram as suas instalações.
(notícia actualizada às 11:29)
