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Assad quebra silêncio. Saída da Síria "não foi planeada". Foi retirado pelos russos

Presidente da Síria, cujo regime foi deposto há oito dias, afirma que "em nenhum momento" considerou demitir-se ou procurar refúgio e que foi antes retirado pelas forças russas já depois da queda de Damasco.

Bloomberg
16 de Dezembro de 2024 às 16:37
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Bashar al-Assad, que abandonou a Síria depois de o regime que liderava ter caído às mãos dos rebeldes, quebrou o silêncio. Diz que a saída do país não foi planeada em nenhum momento e que foi antes retirado por Moscovo, naquela que será a sua primeira declaração desde que Damasco caiu há oito dias.

"A minha saída da Síria náo foi nem planeada nem ocorreu nas últimas horas das batalhas", afirmou Bashar Assad, num comunicado, publicado nas suas contas oficiais de Telegram e Facebook, citado pela imprensa internacional, como o britânico The Guardian ou o espanhol El País, em que presidente depostos afirma, aliás, que permaneceu na capital a desempenhar as suas funções até às primeiras horas de domingo, 8 de dezembro.

"Em nenhum momento destes acontecimentos considerei demitir-me ou procurar refúgio nem houve nenhuma proposta feita por nenhum indíviduo ou partido. Quando o Estado cai nas mãos do terrorismo e se perde a capacidade para se dar um contributo significativo qualquer posição perde o seu propósito", sustenta.

Não obstante, Assad garante que desejava ter continuado a lutar, mas que os russos o retiraram do país. E conta que, depois de sair de Damasco, devido ao aproximar dos rebeldes, foi para a província de Latáquia, para "supervisionar as operações de combate", onde se acabou por deparar com o abandono de posições por parte das tropas sírias, e com a base aérea russa de Hmeimim também "sob intenso ataque de 'drones'" acaba então a ser retirado pelos aliados.

"Sem meios viáveis na base, Moscovo requereu ao comando da base para providenciar a retirada imediata para a Rússia na noite de domingo, 8 de dezembro", relata.

"Isto teve lugar um dia depois da queda de Damasco, na sequência do colapso das derradeiras posições militares e da consequente paralisia de todas as instituições do Estado remanescentes", frisa.

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