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Xi Jinping diz que EUA e China "fizeram progressos" durante encontro
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, reuniu-se com o presidente chinês. Blinken encerra esta segunda-feira uma visita de dois dias a Pequim, que tem como objetivo de aliviar as crescentes tensões entre os EUA e a China.
O presidente chinês, Xi Jinping considera que seria "muito bom", se tanto Pequim como Washington conseguissem alcançar progressos na estabilização dos laços entre as duas maiores economias do mundo.
Este desejo terá sido transmitido pelo próprio Xi Jinping ao secretário de Estado norte-americano Antony Blinken, durante a visita do chefe da diplomacia norte-americana à China. Xi Jinping declarou mesmo que "as duas partes fizeram progressos" durante esta visita.
"Espero que esta visita, Sr. Secretário, contribua de forma mais positiva para a estabilização das relações entre a China e os EUA", afirmou o presidente chinês, segundo um comunicado publicado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do país, citado pela Bloomberg.
Já num vídeo publicado pela emissora pública chinesa, Xi Jinping declarou mesmo que "as duas partes fizeram progressos e chegaram a acordos sobre algumas questões específicas". "Isto é muito bom", sublinhou.
Além do chefe de Estado chinês e de Antony Blinken estiveram presentes neste encontro a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Hua Chunying, a par do próprio ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Qin Gang. Do lado dos EUA, além de Antony Blinken, sentou-se à mesa das conversações o embaixador dos EUA na China, Nicholas Burns.
Neste domingo, os chefes da diplomacia da China, Qin Gang, e dos Estados Unidos, Anthony Blinken, já se tinham reunido em Pequim durante mais de cinco horas, dando início à primeira visita de um secretário de Estado norte-americano ao país em cinco anos. Blinken chegou a Pequim no início da manhã de domingo.
Qin e Blinken tinham trocado críticas na quarta-feira, durante uma conversa telefónica que constituiu o primeiro contacto bilateral de alto nível em meses, segundo a agência espanhola EFE. O ministro chinês apelou então aos Estados Unidos para que cessem ações que prejudiquem a segurança soberana e os interesses de desenvolvimento da China "em nome da concorrência".
O gabinete de Blinken admitiu anteriormente que não se esperam grandes avanços nas conversações, dadas as muitas áreas de fricção entre Washington e Pequim.
A ideia continua a ser iniciar um "degelo" diplomático e manter um diálogo para "gerir responsavelmente a relação sino-americana", disse o Departamento de Estado a propósito da visita, segundo a agência francesa AFP.
A visita de Blinken estava inicialmente prevista para fevereiro, na sequência do encontro entre Biden e o Presidente chinês, Xi Jinping, à margem de uma cimeira do G20 na Indonésia, em novembro.