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Seul testa míssil capaz de atingir todo o território norte-coreano
Seul testou com sucesso um míssil balístico de fabrico sul-coreano com alcance de 800 quilómetros, o suficiente para atingir os pontos mais remotos do território norte-coreano, anunciou hoje a agência Yonhap.
O anúncio surge um dia depois do lançamento por Pyongyang de um míssil na direcção do Mar do Japão.
A Coreia do Sul, onde estão milhares de militares dos Estados Unidos, é protegida por dispositivos militares norte-americanos. No entanto, o país fechou em 2012 um acordo com os Estados Unidos para quase triplicar o alcance dos seus próprios mísseis balísticos, de modo a poder responder às ameaças dos programas balístico e nuclear norte-coreanos.
Segundo a Yonhap, que cita um alto responsável sul-coreano, o míssil testado hoje representa um importante instrumento de dissuasão para o Norte, tendo em conta o alcance de 800 quilómetros.
O míssil pode chegar à totalidade do território norte-coreano, mesmo se for lançado do sul do território sul-coreano.
"O teste foi um sucesso", declarou a responsável.
O porta-voz do Ministério da Defesa sul-coreano não quis comentar.
Em Junho de 2016, Seul testou outros dois mísseis capazes de transportar uma carga de uma tonelada por mais de 500 quilómetros.
Presidente dos EUA promete defender aliados "com toda a capacidade militar" contra Pyongyang
O Presidente Donald Trump prometeu na quarta-feira ao primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, que os Estados Unidos vão defender os aliados "com toda a extensão das suas capacidades militares" contra a Coreia do Norte, informou a Casa Branca.
Numa chamada telefónica, Trump e Abe falaram sobre o novo lançamento de um míssil balístico de médio alcance que Pyongyang realizou esta terça-feira e que caiu no Mar do Japão.
Trump "deixou claro que os Estados Unidos vão continuar a fortalecer a sua capacidade para dissuadir [a Coreia do Norte] e a defender-se e aos aliados com toda a extensão das suas capacidades militares", indicou a Casa Branca em comunicado.
O Presidente manifestou o seu total compromisso com o Japão e Coreia do Sul, perante a "grave ameaça que a Coreia do Norte continua a representar".
O lançamento do míssil por parte da Coreia do Norte aconteceu em véspera da cimeira, hoje e sexta-feira, entre Trump e o Presidente chinês, Xi Jinping, durante a qual vão discutir os desenvolvimentos do programa de armamento de Pyongyang.
Pequim pediu prudência a todas as partes e descartou que a ação tenha uma relação direta com a reunião que Trump e Xi vão ter na Florida (sudeste).
Um responsável da Casa Branca adiantou, esta semana, que, no encontro com Xi, Trump vai sublinhar que "se esgotou o tempo" para ter paciência com a Coreia do Norte, e que os Estados Unidos têm agora "todas as opções sobre a mesa" para pressionar Pyongyang, com ou sem o apoio de Pequim.