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Reino Unido apoia decisão de adiar retirada militar do Afeganistão

Secretário da Defesa britânico, Ben Wallace, afirma que o seu país apoiará os EUA se estes decidirem protelar a retirada do Afeganistão.

Toby Melville/Reuters
22 de Agosto de 2021 às 11:10
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O Reino Unido apoiará uma eventual decisão dos Estados Unidos de adiar a data de retirada militar do Afeganistão, prevista para 31 de agosto, para resgatar civis, disse este domingo, 22 de agosto, o secretário da Defesa britânico.

Num artigo publicado no jornal Mail of Sunday, Ben Wallace disse que se o calendário dos EUA para a retirada das suas forças for mantido, o Reino Unido "não perderá tempo" e retirará de Cabul a maioria das pessoas que esperam para deixar o país.

"Talvez os norte-americanos possam ficar mais tempo e [então] terão o nosso total apoio se o fizerem", disse o responsável pela Defesa no executivo de Boris Johnson.

Wallace acrescentou que os militares britânicos do Regimento de Paraquedistas que estão no aeroporto da capital do Afeganistão enfrentam "desafios inimagináveis em Cabul, com desordem pública, multidões, calor abrasador e pessoas desesperadas".

"Soldados treinados para a guerra estão, em vez disso, a segurar bebés e a coordenar multidões", disse.

Wallace referiu que sempre defendeu que "nenhum país será capaz de tirar toda a gente" do Afeganistão.

"É uma fonte de profunda tristeza para muitos de nós na NATO, e ninguém queria que 20 anos de sacrifício acabassem desta forma", disse Wallace, insistindo, porém, que o Reino Unido fará "tudo o que for possível até ao último momento".

De acordo com o Ministério da Defesa britânico, sete civis afegãos morreram na situação caótica fora do aeroporto de Cabul, onde milhares de pessoas estão a tentar ter acesso ao terminal para fugir dos talibãs.

O movimento rebelde tomou o poder há uma semana, após uma ofensiva que intensificou em maio, com o início da retirada das forças militares estrangeiras.

Os Estados Unidos retiraram cerca de 17.000 pessoas do Afeganistão desde que a operação de resgate começou, em 14 de agosto, incluindo 2.500 cidadãos norte-americanos, disse no sábado o subdiretor de logística do Estado-Maior das Forças Armadas dos EUA, general Hank Taylor.

Nas últimas 24 horas, cerca de 3.800 pessoas foram transportadas em 38 voos.

 

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