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Lei marcial na Coreia do Sul dura horas, mas faz estragos

No mesmo dia em que impôs a medida, depois rejeitada pela Assembleia Nacional sul-coreana, o presidente Yoon Suk Yeol suspendeu a lei marcial até que o Governo chegue a um consenso.

Milhares de sul-coreanos protestaram junto ao Parlamento após o Presidente ter anunciado a lei marcial. Kim Soo-hyeon/Reuters
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A Coreia do Sul viveu esta terça-feira um dia atribulado após o Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, ter anunciado, de surpresa, a instauração da lei marcial. Yoon invocou a proteção da “Coreia do Sul liberal contra as ameaças das forças comunistas e para eliminar elementos anti-Estado”.

Na comunicação ao país, o chefe de Estado atacou violentamente o Partido Democrático, da oposição, mas que detém atualmente a maioria no Parlamento, acusando-o de “simpatizar” o regime de Pyongyang e de “incentivar a rebelião”. O anúncio apanhou todos de surpresa e até o partido de Yoon disse que iria votar contra a medida.

O presidente do Parlamento convocou de imediato uma reunião plenária na qual os 190 deputados presentes (de um total de 300) votaram o levantamento da lei marcial. A Constituição do país indica que o Presidente tem de acatar a decisão da Assembleia Nacional caso esta seja aprovada por maioria.

Pelo meio, contrariando os pressupostos da lei marcial, muitos sul-coreanos concentraram-se junto ao Parlamento em protesto, com os militares a formarem um cordão em torno da Assembleia Nacional.

Yoon anunciou então que iria suspender a lei marcial.

O impacto da imposição da lei marcial, no entanto, atirou a moeda do país – o won – para mínimos de mais de dois anos face ao dólar e para o valor mais baixo em 11 anos em relação ao euro.

Também as ações das empresas sul-coreanas negociadas cotadas em Nova Iorque sofreram fortes perdas, que entretanto abrandaram com o fim da lei marcial.

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