Israel está a retirar tropas da região sudeste de Gaza, a cidade de Khan Younis, um movimento que deverá reduzir a presença das forças israelitas a duas brigadas, o menor número de soldados na região desde o início do conflito.

No entanto, a Associated Press avança que a retirada se deve a um reagrupamento à medida que o exército israelita se prepara para entrar no que dizem ser a última fortaleza do Hamas, a cidade de Rafah, a escassos metros da fronteira com o Egito.

A decisão coincide com um regresso de Israel e do grupo islâmico à mesa das negociações. O diretor da CIA, William Burns, e o primeiro-ministro do Qatar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, juntaram-se no domingo às negociações já decorrentes entre o Egito, Israel e o Hamas, que decorrem no Cairo.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que apenas acordaria um cessar-fogo caso todos os reféns fossem libertados.

De acordo com o jornal egípcio Al-Qahera, as conversações na capital do país têm feito "progressos significativos" e são esperadas mais negociações. As delegações do Qatar e do Hamas já deixaram o Cairo e é esperado que retornem dentro de dois dias para finalizar os termos do acordo, acrescenta a mesma notícia. Também as delegações norte-americana e israelita devem deixar o Egito nas próximas horas.

Entretanto, avança a Reuters que "ainda não há progresso nessas negociações", com um impasse ainda sobre a recusa de Israel em terminar a guerra, retirar as suas forças de Gaza, permitir que os milhares de cidadãos deslocados possam retornar e levantar um bloqueio de mais de 17 anos para permitir a reconstrução da região.