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EUA condenam lançamento de mísseis da Coreia do Norte para águas japonesas
Os lançamentos surgem dias depois de os Estados Unidos e a Coreia do Sul terem iniciado exercícios militares que a Coreia do Norte vê como um ensaio de invasão.
Washington condenou esta segunda-feira, 6 de Março, o lançamento de quatro mísseis balísticos pela Coreia do Norte, liderada por Kim Jong-un (na foto), e prometeu "utilizar todos os meios" ao seu alcance "contra a ameaça crescente" norte-coreana.
"Os Estados Unidos condenam veementemente os lançamentos de mísseis balísticos pela Coreia do Norte, os quais violam as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner, em comunicado.
A Coreia do Norte lançou hoje vários mísseis para o mar, na costa leste do país, anunciaram responsáveis militares da Coreia do Sul.
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, disse que três dos quatro mísseis que a Coreia do Norte lançou hoje caíram em águas controladas pelo Japão, tendo também condenado a ação de Pyongyang.
"A Coreia do Norte lançou hoje quatro mísseis balísticos quase em simultâneo. Os mísseis voaram cerca de 1.000 quilómetros. Três deles caíram na Zona Económica Exclusiva do nosso país", disse o primeiro-ministro japonês no parlamento.
"Isto demonstra claramente que a Coreia do Norte chegou a um novo nível de ameaça. Após esta sessão (no Parlamento), vou convocar o Conselho nacional de segurança", afirmou.
Para Shinzo Abe, "os repetidos lançamentos da Coreia do Norte são um ato de provocação" para a segurança do Japão e "uma violação flagrante das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas". "Não podemos de forma alguma tolerar isso", disse.
O chefe do estado-maior das forças armadas da Coreia do Sul disse hoje num comunicado que os lançamentos foram feitos na zona de Tongchang-ri, na província de Pyongan Norte. É nesta zona que está sediada a estação de lançamento de satélites Seohae, onde a Coreia do Norte, nos últimos anos, o lançamento de mísseis de longo alcance.
Os lançamentos surgem dias depois de os Estados Unidos e a Coreia do Sul terem iniciado exercícios militares que a Coreia do Norte vê como um ensaio de invasão.