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UE adia tarifas de retaliação aos EUA até meados de abril

A União Europeia quer negociar com a equipa dos Estados Unidos, para evitar as tarifas alfandegárias sobre o aço e alumínio. Suspensão das tarifas depende da ação de Trump.

A UE está a tentar negociar com Washington, para evitar tarifas mais elevadas DR
20 de Março de 2025 às 15:43
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A União Europeia (UE) está a tentar negociar com os Estados Unidos e revelou que vai adiar a implementação do primeiro conjunto de tarifas ao bloco norte-americano até meados de abril. O objetivo, segundo fonte europeia à CNBC, é chegar a um entendimento com Washington.

"A Comissão decidiu alinhar o momento dos dois conjuntos de contramedidas da UE às 232 tarifas dos EUA sobre o aço e alumínio", apontou um porta-voz à publicação. "A mudança representa um pequeno ajuste no cronograma, mas não diminui o impacto da nossa resposta, particularmente porque a UE continua a tratar da retaliação em até 26 mil milhões de euros". 

Os Estados Unidos tinham imposto tarifas alfandegárias de 25% às importações de material metalúrgico proveniente de países da UE, que ascenderiam a 28 mil milhões, e a Europa revelou ir retaliar nos produtos produzidos nos EUA, dando como exemplo o whisky, calças de ganga e motas da Harley-Davidson.

Só as tarifas europeias perante os bens dos EUA que entrariam em vigor a 1 de abril teriam um impacto de 4,5 mil milhões de euros e as de meados de abril um impacto de 18 mil milhões, já afetando o setor da agropecuária.

"O nosso objetivo é encontrar o equilíbrio certo dos produtos, tendo em consideração os interesses dos produtores, exportadores e consumidores da UE", adiantou a mesma fonte. 

As tarifas dos EUA, caso não sejam adiadas, entram em vigor a 2 de abril. Até lá, a UE admite "avaliar a ação dos EUA e manter uma abordagem flexível para calibrar uma resposta".

O Banco de Portugal revelou esta quinta-feira que, se os EUA avançarem com tarifas adicionais de 25%, o impacto na economia português estará em linha com o da Zona Euro. Só as tarifas de Trump devem tirar 1,1% à economia portuguesa em três anos, de acordo com as contas do BdP, uma vez "que o peso dos EUA nas exportações portuguesas de bens (6,8%) é apenas ligeiramente inferior ao peso no comércio intra e extra da área do euro (8,2%)". 

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