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Quem comprar petróleo e gás venezuelano enfrenta tarifa de 25% a partir de 2 de abril, diz Trump

A taxa será aplicada aos países que negoceiem qualquer tipo de produto com os Estados Unidos. Donald Trump acusou a Venezuela de enviar "propositadamente" "dezenas de milhares de criminosos" para os EUA. Sanção afetará sobretudo a China.

Kevin Lamarque / Reuters
24 de Março de 2025 às 16:51
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Donald Trump começou a semana com mais uma ameaça de tarifas alfandegárias. Esta segunda-feira, o Presidente dos EUA escreveu na sua rede social Truth Social que vai impor uma taxa de 25% a todos os países que comprem petróleo e gás à Venezuela e queiram negociar, posteriormente, qualquer produto com os Estados Unidos. 
"Qualquer país que compre petróleo e/ou gás da Venezuela será forçado a pagar uma tarifa de 25% aos Estados Unidos sobre qualquer comércio que faça com o nosso país. Toda a documentação será assinada e registada e a taxa irá começar a 2 de abril de 2025, dia da libertação dos EUA", o mesmo dia em que anunciará tarifas a todos os restantes parceiros comerciais.
A decisão surge após a Venezuela, liderada pelo opositor Nicolás Maduro, ter voltado a aceitar voos de deportação do norte da América, após terem estado suspensos de forma breve. Mas, Trump afirma que "a Venezuela enviou propositadamente e de forma enganosa para os Estados Unidos dezenas de milhares de criminosos de alto nível à paisana, muitos dos quais são assassinos e pessoas de natureza muito violenta", incluindo membros do Tren de Aragua, quadrilha que o republicano tem procurado reprimir, através de deportações diretas para a prisão de El Salvador, ao abrigo de uma lei raramente posta em prática e criada no século XVIII.
Esta segunda-feira, a Justiça dos EUA decidiu que os imigrantes devem poder contestar as deportações em tribunal. 
"A Venezuela tem sido muito hostil com os Estados Unidos e às liberdades que defendemos", acrescentou o Presidente, agravando novamente as tensões com o país sul-americano. 
Caso receba "luz verde", a medida vai afetar sobretudo a China - o maior importador de "ouro negro" e um dos principais compradores da Venezuela. E não é a única: o crude venezuelano é também uma fonte significativa de energia para os norte-americanos. 
Em fevereiro, as exportações de petróleo venezuelano atingiram máximos de cinco anos, antes de a nova administração dos EUA ter indicado que estava a forçar a Chevron a terminar as operações no país até 3 de abril.
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