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Trump recusa colocar-se ao lado da Ucrânia na guerra com a Rússia

Ex-presidente dos EUA voltou a participar num debate promovido pela CNN, algo que não acontecia desde 2016. Trump foi evasivo em relação à guerra, não disse se ajudaria a Ucrânia e passou o problema para a Europa.

Lusa_EPA/reuters
11 de Maio de 2023 às 12:46
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Donald Trump voltou aos ecrãs da CNN, mas o reatamento das relações esteve longe de ser pacífico. O ex-presidente dos Estados Unidos esteve num debate em New Hampshire, dirigido sobretudo a eleitores Republicanos, e entrou em choque com a moderadora da estação televisiva, Kaitlan Collins.

Trump tinha estado pela última vez na CNN em 2016. Durante o seu consulado como presidente norte-americano, Trump, além de amesquinhar a CNN, incentivou os seus apoiantes a mimetizarem este comportamento, no qual a expressão "fake news" se transformou numa espécie de slogan.

Donald Trump recusou responder à pergunta "quer que a Ucrânia vença a guerra com a Rússia" e também se apoiaria uma proibição federal do aborto. Estas duas situações geraram momentos de crispação com Kaitlan Collins.

Trump manteve a narrativa de que se fosse presidente dos EUA, Vladimir Putin nunca teria invadido a Ucrânia e sustentou que teria sido capaz de resolver o conflito "num dia". Confrontado se deseja uma vitória da Ucrânia, esquivou-se: "Não penso em termos de ganhar e perder, penso em termos de resolver o problema".

Além disso, o antigo inquilino da Casa Branca, também não responde à pergunta se estaria disposto, caso fosse presidente, a dar mais apoio à Ucrânia. Trump chutou o problema para canto, pedindo à Europa que "invista mais dinheiro" no esforço de guerra.

A possibilidade dos EUA entrarem em incumprimento, por falta de acordo no Congresso para a subida dos limites da dívida, foi outro dos temas abordados por Trump, o qual pediu aos Republicanos para não cederem, a menos que os democratas capitulem às exigências de cortes "maciços" de gastos.


Donald Trump continua a ser o favorito, entre os Republicanos, para uma nomeação como candidato presidencial às eleições de 2024.


A sua presença na CNN surge um dia depois de um júri de Nova Iorque o ter dado como culpado de abuso sexual da antiga jornalista E. Jean Carroll, um caso que remonta aos anos 90. Trump foi condenado a pagar uma indemnização de cinco milhões de dólares à vitima.

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