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Trump quer vender reservas nacionais de petróleo e abrir o Alasca à exploração

A proposta de orçamento que será hoje entregue no Congresso contém medidas como a venda das reservas de petróleo de emergência e a abertura da Reserva Natural do Alasca à exploração.

Reuters
23 de Maio de 2017 às 11:38
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quer vender metade das reservas de petróleo nacionais de emergência e abrir a Reserva Natural do Alasca à exploração desta matéria-prima, como parte do seu plano para equilibrar as contas públicas durante os próximos dez anos, revelam documentos do governo, citados pela Reuters. As medidas constam da proposta de orçamento que será entregue no Congresso esta terça-feira, 23 de Maio.

 

Segundo a agência noticiosa, a Reserva Estratégica de Petróleo, a maior do mundo, é composta por 688 milhões de barris de crude, guardados em cavernas subterrâneas no Louisiana e Texas. A reserva foi criada pelo Congresso em 1975, devido aos receios de que o embargo árabe provocasse uma escalada nos preços.

 

O orçamento de Trump propõe que se comecem a vender as reservas no ano fiscal de 2018, que começa a 1 de Outubro, com o objectivo de encaixar 500 milhões de dólares. O documento sugere que as vendas deverão acelerar nos anos seguintes, totalizando 16,6 mil milhões de dólares entre 2018 e 2027.  

 

O orçamento da administração Trump também procura receitas de 1,8 mil milhões de dólares durante a próxima década abrindo a Reserva Natural do Alasca – a maior dos Estados Unidos - à exploração de petróleo. Essa medida aumentaria a produção norte-americana, que já cresceu 10% desde meados de 2016 para 9,3 milhões de barris por dia.

 

A possibilidade de um aumento da produção nos Estados Unidos já teve efeitos nos preços da matéria-prima nos mercados internacionais. Nesta altura, o crude negociado em Nova Iorque cai 0,9% para 50,67 dólares enquanto o Brent, transaccionado em Londres desce 1% para 53,33 dólares.

 

Além destas medidas, Trump vai propor uma diminuição dos orçamentos dos programas de combate à pobreza. O objectivo é reduzir em 1,7 biliões de dólares (cerca de 1,5 biliões de euros no câmbio actual) os gastos que incluem os programas sociais que apoiam os americanos com baixos rendimentos, tal como foi noticiado ontem pela Bloomberg.

 

Mick Mulvaney, director do gabinete responsável pelo orçamento, disse aos jornalistas na segunda-feira que a proposta de orçamento geral é parte de um esforço para ajudar a economia dos Estados Unidos a crescer a uma taxa de 3% ao ano.

 

"Impulsiona a nossa política de reforma fiscal, a nossa política regulatória, de comércio, energia... tudo está alinhado para nos levar de volta aos 3%", defendeu.

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