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Trump declara vitória contra a China e diz que tarifas vão ajudar a pagar a dívida
Numa série de publicações no Twitter, o presidente dos Estados Unidos elogiou a sua política comercial proteccionista e os efeitos negativos que já está a provocar na economia chinesa.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu este fim-de-semana que os Estados Unidos estão a ganhar a guerra comercial e que as tarifas sobre as importações que estão a ser aplicadas aos parceiros comerciais vão permitir ao país reduzir a dívida, enquanto os impostos baixam para os contribuintes.
"Graças às tarifas poderemos começar a pagar uma grande parte da dívida de 21 biliões de dólares que foi acumulada, em grande parte pela administração Obama, ao mesmo tempo que reduzimos os impostos para o nosso povo. No mínimo, faremos acordos muito melhores para o nosso país", escreveu Trump, este domingo, no Twitter.
..Because of Tariffs we will be able to start paying down large amounts of the $21 Trillion in debt that has been accumulated, much by the Obama Administration, while at the same time reducing taxes for our people. At minimum, we will make much better Trade Deals for our country!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 5 de agosto de 2018
Minutos antes, havia escrito, na mesma rede social, que todos os países querem aproveitar-se dos Estados Unidos pelo que devem ser "taxados". Se o quiserem evitar, então "façam ou construam os seus produtos nos Estados Unidos", porque, em ambos os casos, "isso significa empregos e riqueza".
Tariffs are working big time. Every country on earth wants to take wealth out of the U.S., always to our detriment. I say, as they come,Tax them. If they don’t want to be taxed, let them make or build the product in the U.S. In either event, it means jobs and great wealth.....
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 5 de agosto de 2018
Já no sábado o líder da Casa Branca havia defendido as virtudes da sua política comercial proteccionista, antecipando que as tarifas vão tornar os Estados Unidos um país "muito mais rico". Quanto à China, o principal alvo do aumento das taxas aduaneiras da administração Trump "está a sair-se mal" contra os Estados Unidos, defendeu o presidente norte-americano.
"A China, que pela primeira vez está a sair-se mal contra nós, está a gastar uma fortuna em publicidade, tentando convencer os nossos políticos a lutarem contra as tarifas - porque estão realmente a prejudicar a sua economia. (…) Nós estamos a ganhar, mas devemos ser fortes!", escreveu Trump no Twitter.
....China, which is for the first time doing poorly against us, is spending a fortune on ads and P.R. trying to convince and scare our politicians to fight me on Tariffs- because they are really hurting their economy. Likewise other countries. We are Winning, but must be strong!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 4 de agosto de 2018
E acrescentou: "As tarifas tornarão o nosso país muito mais rico do que é hoje. Só os tolos discordariam. Estamos a usá-las para negociar acordos de comércio justos e, se os países não estiverem dispostos a negociar, pagarão grandes quantias de dinheiro na forma de tarifas. Nós ganhamos de qualquer forma".
....Tariffs will make our country much richer than it is today. Only fools would disagree. We are using them to negotiate fair trade deals and, if countries are still unwilling to negotiate, they will pay us vast sums of money in the form of Tariffs. We win either way......
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 4 de agosto de 2018
Na mesma rede social, Trump sublinhou que o mercado accionista dos Estados Unidos "está mais forte do que nunca" enquanto o da China caiu 27% nos últimos quatro meses.
O mercado chinês, penalizado pelos receios em torno da guerra comercial, tem sido fortemente penalizado nos últimos meses, e já foi ultrapassado pelo Japão como o segundo maior mercado do mundo, atrás dos Estados Unidos.
No entanto, o governo chinês não tem dado sinais de fraqueza perante a disputa comercial, tendo anunciado, na sexta-feira, que já tem em mãos uma lista de 5.207 bens norte-americanos avaliados em 60 mil milhões de dólares pronta para ser utilizada caso os EUA avancem com o agravamento das tarifas de 10% para 25%.