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Terrorismo na Suécia? Trump diz que viu na Fox

O presidente norte-americano esclareceu qual a origem das informações que estiveram na base das suas palavras este sábado, na Florida, onde sugeria ter acontecido no dia anterior um incidente de segurança na Suécia relacionado com refugiados.

Reuters
19 de Fevereiro de 2017 às 22:40
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O presidente norte-americano justificou este domingo à noite as suas afirmações na véspera – em que sugeria a ocorrência de um incidente de segurança esta semana na Suécia envolvendo refugiados - com uma história a que assistiu através do canal de televisão Fox News.

"As minhas afirmações sobre o que estava a acontecer na Suécia referiam-se a uma história que foi transmitida pela Fox News relacionada com imigrantes e Suécia," publicou Donald Trump na rede social Twitter.

O esclarecimento de Trump chega cerca de um dia depois de o presidente dos EUA se ter dirigido a apoiantes na Florida referindo-se à necessidade de manter a segurança nos Estados Unidos e exemplificando com a ocorrência de ataques terroristas em países europeus, como a Alemanha, e afirmando que tal também tinha acontecido nas últimas horas na Suécia.

"Vejam o que está a acontecer na Alemanha. Vejam o que aconteceu ontem à noite na Suécia. (...) Na Suécia. Alguém acreditaria nisto? Suécia. Eles receberam-nos [refugiados] em grande número. Estão a ter problemas como nunca pensaram ser possível," apontou.

Em causa estarão afirmações do realizador de um documentário sobre refugiados e a Suécia, Ami Worowitz, feitas àquele canal televisivo, segundo as quais aquele país sofreu recentemente o seu primeiro ataque terrorista islâmico.

"O terrorismo está a acontecer lá. A Suécia teve o seu primeiro ataque terrorista islâmico não há muito tempo, estão a provar daquilo que temos visto ao longo da Europa," afirmou Worowitz em entrevista a Tucker Carlson.

Ao longo de cerca de cinco minutos de uma entrevista intitulada "O que podem os Estados Unidos aprender com a crise de refugiados na Suécia", Worowitz conta que das 160 mil pessoas que procuraram asilo na Suécia, apenas 500 conseguiram trabalho, enquanto as restantes vivem à custa de benefícios "generosos".

"Vivem muito bem (risos), é um dos programas de apoio mais generosos, em termos de valor, de benefícios de habitação, de educação, de dinheiro," refere o realizador, acrescentando que estão instalados em zonas com bons apartamentos mas onde a polícia não se atreve a entrar. E que, desde que chegaram, a violência com armas e as violações aumentaram.

Worowitz diz mesmo que as autoridades suecas arranjam desculpas para tentar encobrir a relação entre o aumento da criminalidade e os refugiados e que quem, como ele, tenta criticar o acolhimento proporcionado é acusado de ser "racista, xenófobo e islamofóbico."

O realizador acrescenta que a Suécia se considera uma superpotência humanitária que acha ser seu dever moral abrir fronteiras para os refugiados. "O mais importante é parecer virtuoso. Triste [Sad]!", acrescenta o jornalista Tucker Carlson, recorrendo a uma expressão muito usada por Trump.

Entretanto, depois das declarações do presidente e da estranheza que motivou - que levou mesmo um ex-primeiro-ministro a perguntar o que terá Trump andado a "fumar" - a embaixada sueca nos Estados Unidos pediu informação directa a Washington para saber a que quis o chefe de Estado referir-se.

"Colocámos hoje [domingo] a questão ao Departamento de Estado. Estamos a tentar clarificar," disse à Reuters a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros sueco, Catarina Axelsson.
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