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Primeiro-ministro do Canadá anuncia adiamento de tarifas dos EUA por 30 dias
As taxas impostas pela administração Trump sobre o Canadá deveriam entrar em vigor na terça-feira, mas foram adiadas, disse Justin Trudeau.
O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, anunciou o adiamento das tarifas que deveriam entrar em vigor na terça-feira por 30 dias, depois de uma chamada telefónica com Donald Trump.
"As tarifas propostas serão colocadas em pausa durante pelo menos 30 dias enquanto trabalhamos juntos", escreveu o chefe do Executivo canadiano no X, o antigo Twitter.
As tarifas seriam de 25% sobre os bens canadianos, exceto o petróleo, que teria uma taxa de 10% e entrariam em vigor a 4 de fevereiro. À semelhança do México, que também viu as taxas serem adiadas por um mês, o Canadá vai reforçar a presença militar na fronteira, entre outras medidas.
"O Canadá está a assumir novos compromissos para nomear um ‘Czar’ para o fentanil, vamos designar os cartéis como terroristas, assegurar uma vigilância a tempo inteiro na fronteira, lançar uma força conjunta Canadá-EUA para combater o crime organizado, o fentanil e a lavagem de dinheiro", escreveu Trudeau.
O plano para a fronteira vai custar 1,3 mil milhões de dólares e implica "o reforço da fronteira com novos helicópteros, tecnologia e pessoal, melhoria da coordenação com os nossos parceiros americanos e o aumento de recursos para travar o fluxo de fentanil".
O primeiro-ministro canadiano disse também que "assinou uma nova diretiva dos serviços de inteligência sobre o crime organizado e vamos suportá-la com 200 milhões".
Já o Presidente dos EUA disse apenas na Casa Branca que a chamada telefónica com Trudeau "correu muito bem" e quando questionado sobre se as tarifas sobre o Canadá iriam entrar em vigor, respondeu: "Vejam."
Com os adiamentos das tarifas sobre o Canadá e o México, mantêm-se apenas as taxas de 10% sobre os produtos da China, ainda com entrada em vigor marcada para 4 de fevereiro.