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Presidente da Argentina nega “default”

Depois de falhado o acordo com os credores e de anunciado o incumprimento, Cristina Kirchner veio negar, contudo, que Buenos Aires esteja em “default”. "O mundo seguirá em frente e a Argentina também", defendeu a Presidente da Argentina.

Bloomberg
01 de Agosto de 2014 às 12:36
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A entrada em incumprimento foi anunciada esta quinta-feira. A agência financeira Standard & Poor’s corroborou isso mesmo ao garantir que a Argentina já tinha entrado em incumprimento depois de falhadas as conversações, de dois dias, entre o Governo daquele país e os detentores de dívida argentina que não aceitaram a reestruturação da dívida. Já a agência Fitch considera que Buenos Aires está em "incumprimento parcial".

 

Esta sexta-feira, dia que inaugura uma nova ronda de negociações entre as partes, o jornal argentino Clarín escreve que Kirchner nega a entrada do país em "default" mostrando a disponibilidade do seu Governo continuar as negociações.

 

"O 'default' não existe porque isso seria não pagar. Impedir que alguém não cobre quando se pagou não é 'default'", explicou. Acrescentou ainda que o facto de haver disponibilidade para negociar "significa defender os nossos direitos e interesses".

 

"Assumimos os 100% da nossa dívida de forma justa, equitativa e responsável", defende a Presidente argentina. A não chegada a bom porto das negociações com os credores não é o fim do mundo para Cristina Kirchner: "O mundo segue em frente e a Argentina também, o que não deixa de ser uma boa notícia", sustenta.

 

O ministro da Economia, Axel Kicillof, que mantém toda a confiança por parte da Presidente, garante que a suposta entrada em "default" é uma "aldrabice" porque, defende, "não houve cessação de pagamento porque temos fundos, liquidez e solvabilidade financeira". Kicillof voltou ainda a responsabilizar o juiz Thomas Griesa pelo bloqueio do pagamento aos obrigacionistas que aceitaram negociar, em 2005 e 2010, a reestruturação da dívida argentina.

 

Já a proposta feita por um conjunto de bancos privados argentinos, que pressupunha a concessão de uma garantia de 250 milhões de dólares aos fundos que não renegociaram a dívida com Buenos Aires, também recebeu um ataque do governante. Axel Kicillof pediu aos banqueiros que quiseram negociar directamente com os "fundos abutres" para não enganarem os argentinos.

 

Quem também se mostra inflexível é um dos dois fundos detentores de obrigações não reestruturadas. O fundo Aurelius diz que as propostas apresentadas pelo Governo argentino "não são sérias", afiançando que a possibilidade de sucesso das novas conversações ser quase nula.

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