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Plano fiscal de Trump chega dentro de “semanas”. E vai ser “fenomenal”

O presidente norte-americano anunciou para breve a apresentação das medidas de estímulo fiscal para as empresas e cidadãos, mas não deu detalhes. Em reacção o dólar chegou a disparar mais de 1% em relação ao iene e os juros da dívida subiram.

09 de Fevereiro de 2017 às 16:28
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O programa da nova administração norte-americana para reduzir os impostos das empresas, prometido durante a campanha e na tomada de posse de Donald Trump, vai ser anunciado no máximo durante as próximas três semanas.

A garantia foi dada pelo próprio presidente dos EUA esta quinta-feira, 9 de Fevereiro, em declarações produzidas durante um encontro com empresários da aviação norte-americana.

"Reduzir a carga fiscal das empresas americanas é um grande desafio (…) e está a correr muito bem. Acredito que estamos adiantados. E que vamos anunciar algo, diria, durante as próximas duas ou três semanas, que será fenomenal em termos de impostos," afirmou o chefe de Estado.

Em resposta às declarações de Trump o valor do dólar disparou mais de 1% face ao iene e 0,3% face às suas principais contrapartes. Os principais índices accionistas de Nova Iorque ampliaram os ganhos para subidas superiores a 0,5% que levaram o S&P 500 a novo máximo. Já os juros associados às obrigações a 10 anos aceleraram.



"Tem sido um 'rally' generalizado do dólar, influenciado pelas notícias de que Trump planeia o anúncio de algo fenomenal sobre impostos nas próximas semanas, nas suas palavras. (...) Esse foi o verdadeiro ponto crucial para o dólar logo depois das eleições e penso que os investidores estão outra vez a ficar verdadeiramente entusiasmados com essa possibilidade," disse a analista Kathy Lien, do BK Asset Management, citada pela Reuters.

A descida de impostos para as empresas foi um dos cavalos de batalha de Trump durante a campanha, prometendo baixá-los dos actuais 35% para entre 15% e 20%. Defendeu ainda uma reforma fiscal favorável ao crescimento para manter mais rendimento nas famílias, reduzindo as taxas em todos os escalões nos impostos sobre rendimento individual.

Mais tarde, durante o briefing diário, o responsável de comunicação da Casa Branca, Sean Spicer, sublinhou que a reforma fiscal em preparação é a mais completa desde 1986 e que vai incentivar as empresas a manterem empregos nos EUA, impulsionar o crescimento económico e dar um alívio aos trabalhadores. E considerou que o actual enquadramento fiscal penaliza o país na relação comercial com o resto do mundo. 

(Notícia actualizada às 19:13 com declarações do director de comunicação da Casa Branca)

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