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Morreu David Rockefeller, o "banqueiro dos banqueiros"

O empresário que emprestou o apelido ao banco Chase Manhattan morreu aos 101 anos. Neto do primeiro multimilionário americano e símbolo do capitalismo, doou mais de dois mil milhões de dólares a museus e universidades.

Reuters
20 de Março de 2017 às 16:07
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O banqueiro e filantropo David Rockefeller morreu na manhã desta segunda-feira, 20 de Março, em Nova Iorque, vítima de problemas cardíacos, confirmou o porta-voz do milionário americano, Fraser P. Seitel.

 

Aquele que era até agora o único neto vivo de John D. Rockefeller, que fundou a Standard Oil no século XIX e se tornou no primeiro multimilionário americano, tinha 101 anos e construiu uma longa carreira que ficou marcada pela liderança do banco Chase Manhattan. Apesar de a família, uma das mais ricas e poderosas do país, nunca ter detido mais de 5% do capital, liderou durante mais de uma década aquele que ficou conhecido como o banco Rockefeller.

 

Com uma fortuna avaliada pela Forbes em 3,3 mil milhões de dólares (2,8 mil milhões de euros), era doutorado em Economia pela Universidade de Chicago e tornou-se um dos principais símbolos do capitalismo americano. Estava reformado desde 1980, depois de uma carreira de 35 anos que terminou precisamente na liderança do banco detido actualmente pelo JP Morgan.

 

O The New York Times recorda que "a sua influência era sentida em Washington e nas capitais estrangeiras", onde era recebido com honras de um chefe de Estado. Mas também nos bastidores do Executivo de Nova Iorque e nas maiores escolas e centros culturais do país. Segundo a imprensa local, terá doado mais de dois mil milhões de dólares (1,86 mil milhões de euros) a diferentes instituições, como as universidades de Harvard ou o Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova Iorque, de que a mãe foi co-fundadora.

 

 

Detentor de obras de arte de Picasso e Monet, entre outros artistas, era conhecido como "o banqueiro dos banqueiros". Num comunicado divulgado pela Fundação The Rockefeller, em que é confirmada a sua morte, é descrito como "uma das figuras mais influentes da história da filantropia e das finanças americana, considerado por muitos como o último grande estadista de negócios de nível internacional" na maior economia do mundo.

 

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