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Furacões Irma e Harvey vão custar 241 mil milhões de euros

Os furacões Irma e Harvey vão custar 290 mil milhões de dólares (241 mil milhões de euros) ou 1,5 pontos percentuais do PIB dos Estados Unidos, de acordo com uma estimativa do Serviço de Meteorologia privado Accuweather.

Reuters
11 de Setembro de 2017 às 07:27
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"As estimativas dos prejuízos provocados pelo Irma devem aumentar para cerca de 100 mil milhões de dólares, tornando-o num dos furacões com os maiores custos de sempre", afirmou o fundador e CEO do Accuweather, Joel N. Myers, indicando que tal corresponde a meio ponto percentual da economia norte-americana.

"Estimamos que o furacão Harvey seja a catástrofe meteorológica mais cara da história dos Estados Unidos, com um valor na ordem dos 190 mil milhões de dólares, ou seja, o equivalente a um ponto percentual do Produto Interno Bruto" dos Estados Unidos, sublinhou.

Os prejuízos resultantes dos dois furacões vão equivaler assim a 1,5 pontos percentuais do PIB, o que vai anular o crescimento económico previsto entre meados de agosto e o fim do ano, de acordo com o mesmo responsável.

A Accuweather lista uma série de itens responsáveis pelos custos mais elevados, entre os quais figuram a suspensão da actividade das empresas, o aumento do desemprego que pode estender-se por meses, ou a destruição de infraestruturas, afectando os transportes, ou perdas agrícolas, como do cultivo de algodão ou da colheita de laranjas que, por seu lado, têm um efeito ricochete nos preços no consumidor, ou a subida dos preços dos combustíveis, sem falar nos danos em habitações e/ou viaturas, antiguidades ou outras peças de arte.

Apenas uma parte dos prejuízos vai ser coberta pelas seguradoras, afirmou Joel Myers, sublinhando que boa parte ficará de parte, como as despesas incorridas pelos milhões de pessoas que foram obrigadas a deixar as suas casas.

O Irma que atingiu duramente as Keys, um arquipélago de ilhas turísticas, na manhã de domingo, move-se rumo a norte e ameaça Tampa, cidade da costa oeste do estado da Flórida.

O Harvey, que tocou terra no sudeste do Texas em finais de Agosto, provocou, por seu turno, avultados prejuízos materiais e paralisou a quarta maior cidade dos Estados Unidos, Houston, onde foram registadas inundações sem precedentes.

Pentágono mobiliza 7.400 efetivos para situações de emergência


O Pentágono anunciou no domingo que mantém mobilizados mais de 7.400 efetivos, incluindo soldados no serviço ativo, na reserva e a Guarda Nacional para enfrentar situações de emergência na passagem do furacão Irma.

Segundo um comunicado do Departamento de Defesa, a mobilização nas Ilhas Virgens, Porto Rico e no território continental dos EUA, em particular na Florida, também inclui civis do Corpo de Engenheiros que, à semelhança dos restantes efetivos, estão a fornecer apoio às agências estatais.

Após a sua passagem pela região das Caraíbas, onde provocou cerca de 30, o Irma atingiu hoje a região da Florida com ventos de mais de 200 quilómetros por hora, provocando uma "crise humanitária", segundo assegurou Martin Senterfitt, responsável pelas Emergências do condado de Monroe.

O vice-presidente dos EUA Mike Pence, visitou no domingo a sede da Agência federal de gestão de emergências (FEMA), em Washington, onde referiu que "os ventos ainda são demasiado fortes para poder deslocar missões de resgate".

Para além do pessoal mobilizado, o Pentágono também mantém "preparados" mais de 140 aviões, 650 camiões e 150 barcos destinados a "apoiar os esforços de resposta e caso seja necessário", acrescentou Pence.

O furacão Irma, que alcançou terra na costa oeste da Florida no domingo à tarde, baixou para categoria 2, numa escala de cinco, anunciou o centro americano de furacões.

O furacão já causou três mortos no estado da Florida, depois de ter deixado um rasto de destruição e de ter provocado cerca de 30 mortes, na sua passagem pelo Caribe.
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