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EUA aplicaram sanções à Rússia por interferência nas eleições presidenciais
Os Estados Unidos decidiram aplicar sanções a 19 cidadãos russos e a cinco grupos, incluindo aos serviços de inteligência, por estes terem interferido nas eleições presidenciais norte-americanas e por terem desenvolvido ataques cibernéticos.
O tema já fez correr muita tinta. Já tinham sido tomadas medidas judiciais e hoje foi a vez da Administração norte-americana. O Departamento do Tesouro dos EUA decidiu aplicar sanções sobre a Rússia. Concretamente, os visados desta medida são 19 cidadãos e cinco grupos russos, incluindo os serviços de inteligência, adianta a Reuters, que cita as autoridades americanas.
Neste grupo de cidadãos e entidades estão nomes que já constavam da acusação formal, anunciada em Fevereiro, pelo gabinete do Procurador Especial Robert Mueller, a 13 cidadãos russos e três entidades russas por ingerência no processo eleitoral norte-americano.
Steve Mnuchin (na foto), secretário do Tesouro, adiantou ainda que vão ser aplicadas mais sanções contra membros do governo russo e oligarcas "por actividades desestabilizadoras". Apesar de o responsável não ter fornecido muitos detalhes, nomeadamente quando é que essas novas penalizações podem entrar em vigor, Mnuchin esclareceu que as sanções podem prejudicar o acesso dessas personalidades ao sistema financeiro norte-americano.
"A Administração foi confrontada e está a combater actividade cibernética russa maligna, incluindo a sua tentativa para interferir nas eleições norte-americanas, ataques cibernéticos destrutivos e intrusões que visam infra-estruturas importantes", disse o responsável em comunicado citado pela agência.
Já em Fevereiro foi noticiado que os serviços secretos norte-americanos concluíram que a Rússia interferiu na campanha para as eleições presidenciais norte-americanas de 2016. Para os serviços de inteligência, não existem dúvidas de que Moscovo usou propaganda, num esforço para tentar que Donald Trump fosse eleito presidente dos Estados Unidos. A Rússia nega.
Donald Trump afirmou em Novembro que o seu homólogo russo, Vladimir Putin, lhe disse que "não interferiu" nas eleições presidenciais norte-americanas, durante uma conversa entre os dois chefes de Estado em Danang, no Vietname.
"Ele disse-me que não tinha tido absolutamente nenhuma interferência nas nossas eleições", realizadas há um ano, disse o Presidente norte-americano aos jornalistas a bordo do Air Force One durante a viagem entre Danang e Hanói.