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Estratégia de Trump no Afeganistão inclui mais pressão sobre Paquistão e Índia

O presidente dos Estados Unidos apresentou a estratégia para o Afeganistão, "a guerra mais longa da história norte-americana", que prevê o envio de mais soldados e uma pressão acrescida sobre o Paquistão para deixar de abrigar "terroristas".

Reuters
22 de Agosto de 2017 às 07:43
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"O meu instinto era retirar e normalmente eu sigo o meu instinto", disse Trump, a partir da base norte-americana em Fort Myer, no sudoeste de Washington. Mas depois de uma análise, "sob todos os ângulos", do Afeganistão, o presidente norte-americano concluiu que uma retirada ia criar um "vazio" que iria beneficiar os "terroristas".

Sem revelar os reforços de militares previstos para o Afeganistão ou as próximas actividades, Donald Trump advertiu Cabul de que o continuado apoio norte-americano na luta contra os talibãs não era "um cheque em branco".


"A América vai continuar a trabalhar com o governo afegão desde que vejamos determinação e progressos", disse. "Mas o nosso compromisso não é ilimitado", acrescentou, observando que "os americanos querem verdadeiras reformas e resultados".

O presidente norte-americano deixou a porta aberta a um diálogo com alguns rebeldes: "A dada altura, após um esforço militar eficaz, talvez seja possível ter uma solução política que inclua uma parte dos talibãs no Afeganistão". "Mas ninguém sabe quando é que isso acontecerá", adiantou.

Sobre a situação na região, Donald Trump aumentou a pressão sobre o vizinho Paquistão, o qual acusou de ser "frequentemente um refúgio para os agentes do caos, da violência e do terror".O Paquistão tem "muito a perder se continuar a abrigar criminosos e terroristas", que destabilizam o Afeganistão. "Isso deve mudar e deve mudar imediatamente", disse.

Trump pediu igualmente um esforço acrescido da Índia na resolução do conflito, 16 anos depois dos atentados do 11 de Setembro, que lançaram os Estados Unidos numa vasta ofensiva para derrotar o regime dos talibãs.

Cerca de 2.400 soldados norte-americanos morreram no Afeganistão desde 2001, e mais de 20.000 ficaram feridos.

O secretário da Defesa norte-americano, Jim Mattis, disse, num comunicado divulgado após o discurso de Trump, que as tropas no Afeganistão vão ser reforçadas.

Segundo responsáveis da Casa Branca, Donald Tump autorizou o Pentágono a destacar até 3.900 soldados adicionais.

"Vou consultar o secretário-geral da NATO e os nossos aliados, muitos dos quais também se comprometeram a aumentar o número de soldados destacados", disse Jim Mattis no comunicado.

Há cerca de 8.400 militares norte-americanos no Afeganistão. Os Estados Unidos chegaram a ter 100.000 tropas destacadas naquele país durante a administração de Barack Obama, em 2010-2011.

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