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Economia dos EUA abranda no primeiro trimestre mas menos do que o esperado
A evolução da economia foi penalizada pelo abrandamento dos gastos dos consumidores, que tiveram a evolução mais tímida desde 2013.
O ritmo de crescimento da maior economia do mundo abrandou nos primeiros três meses deste ano, mas menos do que era esperado pelos economistas.
De acordo com os dados revelados esta sexta-feira, 27 de Abril, pelo Departamento do Comércio, o PIB dos Estados Unidos subiu 2,3% entre Janeiro e Março, depois de ter avançado 2,9% nos três meses anteriores. Apesar da desaceleração, este foi o crescimento mais expressivo num primeiro trimestre deste 2015, e acima das projecções dos economistas, que apontavam para uma subida do PIB de apenas 2%.
O período em análise foi o primeiro onde se fizeram sentir os efeitos da reforma fiscal da administração Trump, mas foi marcado também pela imposição de tarifas, por parte dos Estados Unidos, a aliados e rivais, que alimentaram receios em torno de uma guerra comercial.
Entre Janeiro e Março, os gastos dos consumidores aumentaram 1,1%, a evolução mais tímida desde 2013, e em linha com as projecções dos economistas. Também a subida dos gastos do Governo abrandou de 3% para 1,2%.
Apesar de a subida do PIB de 2,3% ser superior àquilo que a Fed considera como a taxa potencial de longo prazo da economia, e de os responsáveis do banco central terem sinalizado que o abrandamento do primeiro trimestre deverá ser "transitório", a evolução fica muito aquém do objectivo do presidente Donald Trump de um crescimento de 3%.
Outros dados revelados esta sexta-feira mostram que o índice que mede os custos do trabalho cresceu 0,8% em relação aos três meses anteriores. Este valor superou a subida de 0,6% registada no último trimestre de 2017, e as estimativas dos economistas que apontavam para um avanço de 0,7%. Os salários cresceram 0,9% e os custos com benefícios subiram 0,7%.
As compensações totais – que incluem salários e benefícios – aumentaram 2,7% em relação ao mesmo período do ano passado, a maior subida desde o terceiro trimestre de 2008.