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Compra de dívida empresarial nos EUA dispara e já atinge 1 bilião de dólares este ano

A compra de dívida emitida pelas empresas nos Estados Unidos bateu um recorde este anp ao atingir 1 bilião de dólares antes do final de maio. Em 2019, foi preciso chegar até novembro para se atingir este montante.

28 de Maio de 2020 às 19:23
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A compra de dívida corporativa com grau de investimento nos Estados Unidos atingiu o patamar do bilião de dólares em 2020, nesta quinta-feira, dia 28 de maio, um valor recorde para o mês em questão. Por comparação, no ano passado esse montante foi tocado apenas depois de novembro. 

O volume de compras começou a subir em meados de março, quando um par de cotadas norte-americanas, como a Exoon Mobil ou a Verizon Communications, venderam 12 mil milhões numa emissão de dívida, num só dia. Depois de aberta a caixa de pandora, muitas outras empresas seguiram este processo, ajudado pelo suporte dado pela Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed).

Esta era precisamente a reação que a Fed esperava das empresas norte-americanas, depois de ter anunciado, há dois meses, um mega pacote de apoio às empresas, com uma promessa de compra de dívida no valor de 750 mil milhões de dólares. 

E para as empresas gerar liquidez é crucial para que possam continuar a funcionar depois de o impacto económico sem precedentes que a covid-19 está a proporcionar. Só em maio deste ano, o número de empresas que entraram em processo de falência no país é maior do que em qualquer outro mês do período da Grande Depressão. 

O patamar de mil milhões de dólares atingido hoje, foi tocado após a venda de títulos da cadeia de hotéis Marriott International, uma empresa que foi devastada pela derrocada no segmento das viagens, e que hoje foi ao mercado vender dívida própria. 

Toda essa nova compra de dívida cria um novo conjunto de riscos à posteriori para as empresas norte-americanas, que estavam já altamente alavancadas e, ajudando-as a acumular mais dívidas no seu balanço, a Fed corre o risco de aprofundar esses riscos de incuprimento, se muitas delas não sobreviverem ao vírus.

O banco central também terá que decidir - nos próximos meses ou talvez anos - quando e como remover o apoio sem afundar as companhias. 
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