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Carlos Slim defende reforma aos 75 anos
O empresário mexicano Carlos Slim defende “ajustes nos horários” laborais no sentido de se trabalhar menos dias por semana e que se adie a reforma para os 70 ou 75 anos de idade.
Carlos Slim, o empresário mexicano do ramo das telecomunicações, defende uma alteração na idade da reforma para os 75 anos. Presente na Confederação Espanhola dos Administradores e Executivos (CEDE, na sigla em espanhol), e citado pela agência EFE, o empresário considera que deve haver um "ajuste nos horários" de trabalho de forma que se trabalhe menos dias por semana e se adie a reforma "até aos 70 ou 75 anos de idade".
"Não nos reformemos aos 65 anos mas aos 75 anos e eliminamos a quebra dos sistemas" de Segurança Social, apontou, considerando que é "insustentável" reformas em idades "prematuras".
Relativamente à alteração do número de dias de trabalho, Slim, um dos homens mais ricos do mundo, considera que é essencial para conciliar a vida familiar e a vida laboral. Mas diz também que é uma forma de facilitar a entrada de mais trabalhadores no mercado de trabalho.
Neste encontro de empresários esteve também presente o líder da Telefónica, César Alierta. E quer Slim, quer Alierta consideram que apesar da crise que atravessa a América Latina, esta região continua a ser um bom local para investir, de acordo com o El País. O empresário mexicano assinalou que esta crise é diferente de outras e "apesar das exageradas desvalorizações que estão a sofrer algumas moedas" e a queda das matérias-primas, em termos de prosperidade, a classe média na América Latina cresceu, o que vai ajudar a que uma recuperação económica da região ocorra mais cedo.
Ainda esta terça-feira, 6 de Outubro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou as suas perspectivas para a economia mundial. Olhando para a América Latina, há contrastes. O Brasil, a maior economia desta região, viu as suas estimativas revistas - face a Julho último, o FMI cortou mais 1,5 pontos e espera agora que a economia encolha 3% neste ano e mais 1% em 2016. No caso da Argentina, a instituição liderada por Christine Lagarde aponta que o produto interno bruto (PIB) deverá avançar 0,4% este ano e contrair 0,7% em 2016.
Cenário mais positivo tem o FMI para o México. Este ano, a economia deverá crescer 2,3% e no próximo ano deverá avançar 2,8%. A Colômbia deverá ver o seu produto interno bruto (PIB) subir 2,5% em 2015 e 2,8% em 2016, segundo as contas do FMI.
Por sua vez, o líder da Telefónica lembrou, neste encontro de empresários, que quando a operadora chegou ao Brasil ninguém apostava na operação. Mas, actualmente disputa com Espanha o primeiro mercado do grupo, avança o El País.