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Moçambique. Mondlane quer paralisar corredores rodoviários e parar portos
Candidato presidencial apoiado pelo partido Podemos pediu ainda aos seus apoiantes que se manifestem nas 11 capitais provinciais.
Venâncio Mondlane, o candidato presidencial moçambicano que contesta os resultados das eleições de 9 de outubro, pediu aos seus apoiantes que se manifestem nas 11 capitais provinciais do país, nos corredores de Maputo e da Beira e nos portos do país.
Mondlane, numa comunicação feita através da rede social Facebook, anunciou que a chamada quarta fase do protesto irá começar esta quarta-feira, prolongando-se até sexta-feira.
O político explicou que um grupo de apoiantes irá concentrar-se nas capitais provinciais. Um segundo irá concentrar-se junto das fronteiras para dificultar a circulação nos corredores rodoviários de Maputo e da Beira e nos portos onde eles desembocam.
Venâncio Mondlane pediu aos camionistas que circulam por estas vias que não trabalhem nesse dia mas assegurou que os seus apoiantes não irão agir de forma violenta para com quem decida circular pelas estradas.
Na sua declaração, Mondlane garantiu que não pretende promover um golpe de Estado. "O nosso objetivo é pressionar as instituições para que se reponha a verdade eleitoral", sublinhou.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique anunciou, a 24 de outubro, os resultados das eleições de 9 de outubro, atribuindo a vitória a Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder desde 1975) na eleição a Presidente da República, com 70,67% dos votos.
Segundo a CNE, Mondlane ficou em segundo lugar, com 20,32%, mas este afirmou não reconhecer os resultados, que ainda têm de ser validados e proclamados pelo Conselho Constitucional.