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Consulado português aconselha cautelas a quem viaje para o norte de Moçambique
Um estudo divulgado na última semana, em Maputo, aponta a existência de redes de comércio ilegal na região e a movimentação de grupos radicais islâmicos, oriundos de países a norte, como algumas das raízes da violência.
O Consulado Geral de Portugal em Maputo emitiu hoje uma circular em que aconselha cautelas adicionais a quem viaje para o norte de Moçambique, depois dos ataques de grupos armados naquela área.
"Devido à situação de insegurança em várias localidades da província de Cabo Delgado, aconselham-se cautelas adicionais antes de viajar para aquela região", refere a mensagem.
O Consulado recomenda o acompanhamento da situação através dos meios de comunicação social e a consulta regular da página sobre conselhos aos viajantes para Moçambique no Portal das Comunidades Portuguesas.
A vila de Mocímboa da Praia e aldeias do meio rural da província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, têm sido alvo de ataques de grupos armados desde Outubro de 2017, causando um número indeterminado de mortes e deslocados.
Dez pessoas foram decapitadas no domingo, depois de terem sido interceptadas em duas aldeias remotas, sem electricidade, nem infra-estruturas.
Um estudo divulgado na última semana, em Maputo, aponta a existência de redes de comércio ilegal na região e a movimentação de grupos radicais islâmicos, oriundos de países a norte, como algumas das raízes da violência.
Diversos investimentos estão a avançar na província para exploração de gás natural dentro de cinco a seis anos, no mar e em terra, com o envolvimento de algumas das grandes petrolíferas mundiais.