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Adeus, Nelson Mandela

No passado dia 18 de Julho, Nelson Rolihlahla Mandela completou 95 anos. O ex-presidente sul-africano não resistiu às complicações respiratórias, depois de ter combatido uma grave infecção pulmonar.

05 de Dezembro de 2013 às 21:48
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O primeiro presidente negro da África do Sul faleceu hoje em sua casa, em Joanesburgo, anunciou o actual chefe de Estado, Jacob Zuma, numa intervenção televisiva ao país.

 

Madiba - como era carinhosamente chamado, e que significa “reconciliador” [no sentido literal é “aquele que preenche os vazios”] – liderou a luta contra o regime segregacionista do Apartheid e recebeu o Prémio Nobel da Paz em 1993.

 

Advogado de formação, foi presidente da África do Sul de 1994 a 1999. A sua primeira eleição deu-se quatro anos depois de ser libertado da prisão de Robben Island, onde cumpriu uma pena de 27 anos devido às suas convicções que fizeram com que o governo de então o considerasse um terrorista.

 

Mandela tinha um longo historial de problemas pulmonares, que remontam à época em que contraiu tuberculose enquanto prisioneiro político. No último ano esteve várias vezes internado. No passado dia 8 de Junho tinha dado entrada num hospital de Pretória devido a uma recaída de uma infecção respiratória. Após uma melhoria, acabou por regressar a casa em Agosto, onde faleceu esta quinta-feira. 

No que me diz respeito a ameaça de morte não produziu em mim qualquer vontade de assumir o papel de mártir. Estava pronto a fazê-lo se necessário fosse. Mas a vontade de viver sempre foi mais forte
 
Nelson Mandela

Um pouco por todo o mundo, existem tributos a Mandela, como recordava recentemente a CNN. Um deles é um pica-pau pré-histórico, ao qual foi dado o nome de Australopicus nelsonmadelai pelos cientistas que descobriram o fóssil deste pássaro na costa sudoeste da África do Sul.

 

Mas há mais: uma universidade britânica deu também o seu nome a uma partícula nuclear. A “partícula Mandela” recebeu esta denominação em 1973 no Instituto de Física da Universidade de Leeds.

 

Há ainda a orquídea “Paravanda Nelson Mandela”, que recebeu este nome em 1997, aquando da sua visita ao jardim botânico de Singapura. E na Argentina foi também criada a corrida de cavalos “Mandela” em 1971, quando o líder do movimento anti-Apartheid estava já na prisão. E a lista tem vindo a aumentar.

 

A Mandela ficou também associado o 46664, que foi o seu número de prisioneiro. O número acabou por se tornar uma marca na campanha de combate ao vírus do HIV em todo o continente africano, uma vez que o ex-presidente sul-africano teve um filho que faleceu vítima de SIDA. Ligando para aquele número, o valor da chamada reverte a favor dos doentes com SIDA.

 

Esta quinta-feira à noite, o primeiro-ministro português sublinhou numa carta enviada  ao presidente Jacob Zuma que Nelson Mandela foi um "símbolo do activismo, do diálogo e da tolerância". "Mandela teve um percurso de vida extraordinário que foi o reflexo da sua própria excepcionalidade", escreveu Passos Coelho.

 

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