Notícia
11 mortos em posto militar de Cabo Verde
As autoridades policiais da ilha cabo-verdiana de Santiago encontraram os corpos de oito soldados e de três civis, dois dos quais cidadãos espanhóis, no posto de vigia de Monte Tchota.
Foram encontrados 11 corpos esta terça-feira, 26 de Abril, num destacamento militar da ilha cabo-verdiana de Santiago (no concelho de São Domingos), tendo o aeroporto da Cidade da Praia sido encerrado, avançaram a TVI e a SIC Notícias. Também o aeroporto internacional do Sal foi fechado, confirmou o Voice of America (Voa) junto de uma fonte no local.
Entretanto, pelas 17h45 locais (menos duas em Lisboa), o jornal A Nação adiantou que os voos dos aeroportos de Cabo Verde já tinham sido retomados. "Os voos estiveram suspensos durante algumas horas desde o início da tarde desta terça-feira, mas acabam de ser retomados", referiu.
Dos 11 mortos, oito são militares e três são civis – dois dos quais espanhóis. Diz A Nação que entre os oito militares estão seis soldados, um cabo e um sargento, da guarnição do destacamento.
Na lista de mortos estão também dois espanhóis, que, segundo informações recolhidas pelo jornal A Nação, trabalhavam na manutenção dos equipamentos em Monte Tchota.
"Outros dois soldados estão dados como desaparecidos e neste momento todas as forças de segurança estão concentradas no local para tentar desvendar o mistério que poderá ter ligações com o narcotráfico", de acordo com fontes não oficiais citadas pelo Voa.
Na capital, uma viatura alugada foi encontrada esta manhã na zona da Cidadela, abandonada, com chave na ignição e uma arma militar num dos bancos, refere o mesmo website, acrescentando que foram ainda encontradas oito armas AKM e apreendidas cerca de mil munições dentro de uma viatura alugada, na mesma região, supostamente roubadas no Destacamento Militar de Monte Tchota.
O Governo de Cabo Verde está reunido em gabinete de crise e o ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, fará uma comunicação à imprensa às 18 horas locais (20 horas em Lisboa), referiu A Nação na sua página "online".
(notícia actualizada às 19h56)