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Capturado suspeito da morte de 11 pessoas em Cabo Verde

O militar, conhecido por "Antany Silva" segundo a imprensa local, terá confessado o crime, sem revelar as motivações, aos familiares, que tê-lo-ão depois denunciado às autoridades.

9º - Cabo Verde - Dívida pública de 121,7% do PIB em 2016
Bloomberg / Reuters / Getty Images
Negócios 27 de Abril de 2016 às 16:50
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O alegado autor da morte de 11 pessoas, esta terça-feira em Monte Txota, Cabo Verde, foi detido esta quarta-feira, 27 de Abril, noticia a imprensa cabo-verdiana.

De acordo com o site do jornal "A Semana", o suspeito é Manuel António Silva Ribeiro, conhecido por "Antany Silva", de 21 anos de idade, e foi detido na Cidade da Praia pela Polícia Nacional e Judiciária, nas imediações, na zona da Fazenda, cidade da Praia, próxima da sede do Instituto Nacional de Estatística.


"Antany Silva" terá confessado o crime, sem revelar as motivações, aos familiares, que tê-lo-ão depois denunciado às autoridades.

De acordo com o jornal A Nação, o suspeito foi já levado para a esquadra a fim de ser interrogado pelas autoridades, devendo depois ser presente ao Tribunal da Comarca da Praia. Já o jornal A Semana escreve que o presumível autor do crime deverá ser, ainda esta quarta-feira, entregue às Forças Armadas, uma vez que se trata de um militar.

Este soldado, que pertencia ao destacamento ontem atacado, designadamente o Centro Retransmissor de Monte Txota, em São Domingos, na ilha de Santiago, foi ainda ontem indiciado pelas autoridades como o principal suspeito dos ataques a tiro que provocaram a morte de 11 pessoas, oito militares e três civis. 

A imprensa cabo-verdiana revela que este militar assassinou as vítimas uma a uma, que deveria conhecer porque terá chamado cada uma delas pelo nome antes de efectuar os disparos. Ainda antes de Antany Silva ter sido capturado, o Governo de Cabo Verde tinha anunciado que tinham sido implementados todos os esforços para a captura do presumível autor do crime.

E um comunicado entretanto divulgado pelas autoridades adianta que "não existem mais vítimas para além das 11 já anunciadas e as inspecções médico-legais decorrem desde ontem [terça-feira), prevendo que sejam concluídas ao final da tarde [desta quarta-feira]".

Esta terça-feira foram encontrados 11 corpos no já referido destacamento militar da ilha cabo-verdiana de Santiago. Inicialmente, Francisco Gomes, comandante adjunto da esquadra da Polícia Nacional de São Domingos, a norte da cidade da Praia, disse à Lusa que tinham sido encontrados cinco corpos, mas depois actualizou a informação quando foram encontrados mais seis soldados mortos numa caserna militar do posto de vigia de Monte Tchota, próximo do principal centro de telecomunicações do país. Todos foram baleados.

 

Na capital, uma viatura alugada de cor branca e com a matrícula ST–53–PS, foi encontrada na manhã de ontem na zona da Cidadela, abandonada, com chave na ignição e uma arma militar num dos bancos. As autoridades suspeitam que esta viatura esteja relacionada com o ataque na ilha de Santiago. E ao contrário do que foi primeiramente presumido, o narcotráfico não estará relacionado com este crime, sendo que as autoridades ainda ontem asseguraram que "não existem indícios de ligação destes factos com o narcotráfico", apontando a existência de "motivações pessoais" na origem do ataque.

 

O Governo cabo-verdiano já decretou dois dias de luto nacional.

(Notícia actualizada às 17:09)

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