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TAAG passa a vender bilhetes apenas no aeroporto de Lisboa
O escritório de representação da companhia aérea angolana em Lisboa vai deixar de vender bilhetes. As rotas portuguesas são as mais rentáveis da TAAG que anunciou também o encerramento da sua delegação em Paris.
A TAAG, Linhas Aéreas de Angola, anunciou esta segunda-feira, 15 de Maio, que a venda de bilhetes em Lisboa daquela companhia aérea vai passar a ser feita exclusivamente na loja que a companhia tem no aeroporto Humberto Delgado. Até agora os bilhetes podiam também ser adquiridos no escritório de representação que a transportadora possui na avenida da Liberdade, no centro da capital portuguesa.
A TAAG, que é liderada pelo inglês Peter Hill desde Setembro de 2015, revelou também que vai fechar a representação própria que tem em Paris, França, passando a venda de bilhetes neste destino a ser feita por um agente geral de vendas privado.
De acordo com uma nota da companhia estatal angolana, citada pela agência Lusa, o edifício administrativo que tem no centro de Lisboa "deixará de oferecer serviços de reservas e emissão de bilhetes", alargando o funcionamento da loja no aeroporto para o mesmo efeito.
Segundo a empresa, as rotas para Portugal são as mais lucrativas da TAAG, sendo apresentadas como 'premium', voando 11 vezes por semana para Lisboa e três vezes para o Porto.
A companhia registou em 2016 um prejuízo líquido de cerca de 14 milhões de dólares (12,8 milhões de euros), contra os 175 milhões de dólares (160,1 milhões de euros) de 2015.
A redução significativa dos prejuízos deve-se, segundo informação de Dezembro último, à poupança de custos no valor de 70 milhões de dólares (64 milhões de euros), no âmbito do Plano de Negócios para poupar 100 milhões de dólares (91,5 milhões de euros) até 2019.
"Durante o decorrer deste ano [2015], a TAAG focou a sua atenção em todos os detalhes de custos que estão sob seu controlo e com sucesso notável, onde as poupanças alcançadas falam por si mesmas", refere o comunicado.
Os bons resultados alcançados são ainda justificados com o aumento de consciência pela companhia do dinheiro que gasta e na melhoria dos sistemas e processos para o controlo dos custos "de forma a evitar desperdícios".
A falta de divisas no país resultou também no aumento das vendas em moeda nacional, registando-se um crescimento de 16%, de 55 mil milhões de kwanzas (305 milhões de euros) para 64 mil milhões de kwanzas (355 milhões de euros).
Na passada semana correu o rumor de que Peter Hill teria apresentado a sua demissão do cargo de presidente da TAAG, alegando motivos de saúde. A companhia, no entanto, desmentiu esta possibilidade, adiantando que "Peter Hill e sua equipa encontram-se em pleno exercício das suas funções e determinados a implementar o Plano Estratégico de Negócios definido no acordo assinado entre o Governo e a Emirates, que visa transformar a TAAG numa companhia aérea de referência em África".